Sob o Domínio do Medo, de Sam Peckinpah.

Não fosse de conteúdo tão sexista, este filme seria um excepcional estudo sobre a violência que o homem guarda em si. Peckinpah, o mais macho dos cineastas, vai ao interior da Inglaterra para condenar a personagem de Susan George como pivô das agressões que ela, seu marido e sua casa sofrem dos vizinhos rústicos e beberrões. Os estereótipos estão por todos os lados e a brutalidade parece querer ser explicada. A fotografia e a trilha sonora são impecáveis, mas o texto não passou na prova. Irritado só porque o filme é politicamente incorreto? Não, isso não vem ao caso, e, às vezes, pode ser bem interessante. Apenas insatisfeito com um tratamento tão primário a uma premissa tão promissora.

Robot Monster, de Phil Tucker.

Besteira futurista-catastrófica que causa alguma diversão. Primo-irmão de Edward D. Wood Jr, Tucker consegue dar um pouco mais de consistência a sua historinha, mas perde feio quando o quesito é filosofia, o que sobrava em Wood. Interessante ver como o filme economiza em absolutamente tudo: cenários, locações, direção de arte; o mais caro foi a – boa – trilha de Elmer Bernstein. Filme a preço de banana, possivelmente, já que estamos falando de macacos espaciais…

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