No Panorama do Cinema Mundial, que terminou na semana passada, em Salvador, aconteceu uma retrospectiva da obra dos irmãos Dardenne. Bem completa, por sinal. Os horários não foram muito dóceis comigo então só pude assistir a dois dos trabalhos da dupla; dois dos mais famosos. Um foi Rosetta. O outro, A Promessa, de 1996, mostra a temática dos irmãos ainda engatinhando. No filme, o embate com o inevitável se dá quando o jovem resolve se rebelar contra os métodos do pai, com os quais ele nunca concordou muito, mas que nunca haviam o incomodado tanto.

A partir daí, a história sobre imigração ilegal se transforma numa pequena batalha de ideais, onde o homem puro tenta fugir do homem corrupto. Fugir e desfazer os atos do outro. A condução, por vezes, tropeça em algumas fórmulas e na limitação do jovem ator, mas os Dardenne conseguem resolver o filme muito bem, com uma mudança completa de prisma, onde a africana clandestina decide que sua “missão” importa muito mais do que seu futuro. O espectador não vai ver, mas é ali que começa a guerra pela justiça.

A Promessa EstrelinhaEstrelinhaEstrelinha
[La Promesse, Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne, 1996]

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