Disney

O abismo entre o que a Disney produz com a Pixar e o que o estúdio faz em seu setor tradicional de animação ainda é gigante, mesmo com a mão de John Lasseter comandando os dois. Enrolados aposta na fórmula mais velha do estúdio: recicla um grande clássico da literatura infanto-juvenil, mesclando a fábula e o conto moral com aventura e, sobretudo, muito humor, na forma de coadjuvantes engraçadinhos. Geralmente funciona. Funcionou com Branca de NeveAlice no País das Maravilhas e Cinderela.

Talvez seja por isso que esse novo filme tenha gosto de outras épocas. Ora saudoso, ora ultrapassado. As composições de Alan Menken caíram vertiginosamente. Dá saudade da época de Aladdin e A Bela e a Fera. O camaleão e o cavalo, esse sobretudo, são personagens deliciosos, mas o herói malandro e a mocinha sonhadora não têm um décimo do cuidado que os roteiristas da Pixar têm na composição da complexidade de seus personagens. É para crianças, você pode alegar. Mas UpWall-E e Toy Story também são, fizeram rios de dinheiro, e não foram complacentes com a “falta de elaboração” da molecada. Eles, por sinal, adoraram. Já Enrolados deve passar rápido.

Enrolados EstrelinhaEstrelinha
[Tangled, Byron Howard e Nathan Greno, 2010]

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2 comentários sobre “Enrolados”

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