Tag: 2016

Cartas da Guerra

Apesar da literatura já nos ter dado grandes exemplos de romances epistolares, como Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, ou o próprio Drácula, de Bram Stoker, criar uma narrativa a partir de uma troca de cartas não é tarefa das mais fáceis. Transportar esta narrativa para o cinema é uma missão ainda mais complicada […]

Perdidos em Paris

O circuito comercial brasileiro reserva um grande, um enorme espaço para a cinematografia francesa e, numa falta de filtro quase que completa, dezenas de filmes com pouco ou nenhum peso autoral terminam ocupando as salas e as vagas para o que o público brasileiro entende como filme francês – e isso passa basicamente por longas […]

Divinas Divas

“Diva é coisa séria”, diz Fujika de Halliday, provavelmente a mais contida entre as estrelas de Divinas Divas. E de coisa séria entende bem a cineasta estreante que resolveu contar esta história. Leandra Leal é uma das maiores constantes do cinema brasileiro. Seja o filme bom como O Lobo Atrás da Porta, seja ruim como […]

Frantz

Existe uma diferença fundamental entre o décimo oitavo longa-metragem de François Ozon e as duas obras que o inspiraram. Se na peça de Maurice Rostand e em sua primeira adaptação para o cinema, Não Matarás, filme de Ernst Lubitsch, o espectador já conhece, de partida, a identidade do protagonista, em Frantz, Ozon propõe o oposto: […]

Olhar de Cinema 2017

Foi meu segundo ano no Olhar de Cinema, em Curitiba, e o festival já me parece um dos mais interessantes realizados no Brasil, sem dever nada ao que se promove no Eixo Rio-São Paulo. Entre os principais destaques desta edição, estava uma mostra realmente espetacular dedicada ao alemão F.W. Murnau, que sob a curadoria de […]

Z – A Cidade Perdida

Estamos mal acostumados com o cinema de James Gray. Mal acostumados com a reinvenção que, hoje em dia, somente este diretor nova-iorquino sabe fazer do melodrama americano clássico. Mal acostumados com o lirismo seco que ele imprime a suas tramas e com o mergulho profundo na essência de seus personagens. Quando foi anunciado, Z – […]

Martírio

  Parecia muito provável e muito lamentável que Martírio nunca fosse lançado no circuito comercial. Provável porque o documentário indigenista de Vincent Carelli é um filme grande (cerca de duas horas e quarenta minutos de registros de massacres de tribos no Mato Grosso) e, principalmente, porque é um filme imenso, muito além de méritos estritamente cinematográficos. Mas […]