A história de como o menino Mirco Mencacci ficou cego (e se tornou um dos editores de som mais importantes do cinema italiano) tinha tantos elementos para se tornar um dramalhão que o resultado final de Vermelho como o Céu (Rosso como il Cielo) se torna uma bela surpresa. A perda da visão, o internato, o diretor malvado, o rival, a namoradinha, o defensor, os amigos. Fugir de um tom de autocomiseração era difícil, mas o diretor Cristiano Bortone faz o possível para dar equilíbrio à maneira como trata o material.

Dessa maneira, este filme faz parte de uma linhagem de filmes que trocam o dramalhão pelo melodrama mais puro, como os do argentino Valentin, de Alejandro Agresti, ou o também italiano Eu Não Tenho Medo, de Gabriele Salvatores, ambos olhares carinhosos e respeitosos para o universo infantil. O roteiro é co-escrito pelo ator Paolo Sassanelli, que interpreta o professor, que há mais de dez anos roubou a cena como um deficiente mental em Uma Janela para a Lua, de Alberto Simone, e depois sumiu no tempo. É exatamente o texto o maior forte do longa de Bortone: simples, sem ser maniqueísta, e cativante.

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[Rosso come il Cielo, Cristiano Bortone, 2006]

Comentários

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3 comentários sobre “Vermelho como o Céu”

  1. gostaria de assistir o filme VERMELHO COMO O CÉU. VC PODE ME DIZER CMO CONSEGUI-LO. MORO NO INTERIOR DO PARANA´
    OBRIGADA.
    MONICA BOENG

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