“But there’s one thing I know
The blues they send to meet me won’t defeat me
It won’t be long till happiness steps up to greet me”
(Burt Bacharach, Raindrops Keep Falling on My Head)
Astro de cinema. Nos dias de hoje, qualquer um tem esse título. Astro de cinema, hoje, é o Ashton Kutcher, o Jason Biggs, o Tyrese, o Vin Diesel. Que tempo triste é o de hoje. Tempo em que um cara bonita, um jeito engraçado, um corpo sarado ou um batalhão de músculos valem mais do que o talento. Tá, sempre foi assim… mas havia Paul Newman. Paul Newman era um homem lindo, era divertido, mas comprometido com seu trabalho ao mesmo tempo, sempre esteve em forma e, o melhor, era um poço de talento. E também era um alento. Sua simples existência já confortava os mais desiludidos com os rumos do cinema. Lá na tela grande ele foi Rocky Graziano, o marido de Liz Taylor e o último grande herói de Hitchcock. Foi o jogador Eddie Felson em 1961, o jogador Eddie Felson em 1986, deu um golpe de mestre, viveu um inferno numa torre. Foi ainda o indomado e o indomável, o homem de MacKintosh e o juiz Roy Bean. Foi mafioso, presidiário, advogado, megaempresário. E foi Butch Cassidy, o que já bastava. A última vez que o vi foi se divertindo em A Última Loucura de Mel Brooks. Era um ator que sabia a dose certa, o timing, que multiplicava qualquer papel, um ator impossível de se esquecer. Que dia triste é o de hoje. Dia em que morreu um astro de cinema.
Os filmes que eu vi:
Marcado pela Sarjeta (1956)
O Mercador de Almas (1958)
Gata em Teto de Zinco Quente (1958)
Desafio à Corrupção (1961)
O Indomado (1963)
Cortina Rasgada (1966)
Rebeldia Indomável (1967)
Butch Cassidy (1969)
Uma Lição para Não Esquecer (1971)
O Emissário de MacKintosh (1973)
Golpe de Mestre (1973)
Inferno na Torre (1974)
A Piscina Mortal (1975)
A Última Loucura de Mel Brooks (1976)
O Dia em que o Mundo Acabou (1980)
Os Apaches do Bronx (1981)
Ausência de Malícia (1981)
O Veredito (1982)
Meu Pai, Eterno Amigo (1984)
A Cor do Dinheiro (1986)
Blaze, o Escândalo (1989)
Mr. & Mrs. Bridge – Cenas De Uma Família (1990)
Na Roda da Fortuna (1994)
O Indomável – Assim É Minha Vida (1994)
Fugindo do Passado (1998)
Uma Carta de Amor (1998)
Estrada Para Perdição (2002)
Carros (2006)
Toda morte dessa é uma perda para a humanidade. Tomara que algum roteirista tenha a inspiração para fazer um filme da vida de paul em homenagem a esse gênio
Atualiza! =(
O Festival do Rio está muito “mais ou menos”. Os dois melhores filmes desse ano passaram ano passado na Mostra (rs) – A VIAGEM DO BALÃO VERMELHO e NA CIDADE DE SYLVIA. Sem falar que o único que chegou perto desses foi exibido em uma cópia digital FAJUTA, granulada, que alterava até o formato na tela.
Saudades da Mostra (ainda bem que por pouco tempo)… será que esse ano vou perdoar a atrocidade que eles fizeram anos atrás do Still Life do Zhang-Ke? Siga minha dica… fuja das projeções digitais.
Chico parabéns pelo blog,adoro assistir os filmes que você recomenda,assisti filhos do paraiso,e digam o que quiserem na globo faz tempo,você poderia me dizer como posso conseguir esses filmes?
De luto!
“Os filmes que eu vi” não são todos os filmes.
Está faltando alguns filmes…..
Ator do meu filme preferido, Rebeldia Indomável… Que bom q ainda tenho muitos filmes dele por assistir!
Acertou em cheio em dar cinco estrelas para O VEREDITO. Foda esse filme do Lumet!! Paul Newman vai deixar saudades, mas como tem muito filme importante que ele fez e que ainda não vi, o cinema trata de eternizar.
Adorei ler este relato tão afetuoso e verdadeiro sobre o grande ator Paul Newman. Você poderia me dizer o nome de um filme em que ele atua, bem moço ainda, que tem uma cena onde ele aparece andando de bicicleta em uma área com muito vrde e plantas. Se não me engano, passa a música “raindrops keep falling on my head” . Se souber, por favor podeia me enviar mensagem dizendo o nome do filme? Desde já agradeço.
Foi sim.