O que Cassino Royale conseguiu construir para a série de James Bond é destruído em pedacinhos por este Quantum of Solace. O segundo longa estrelado por Daniel Craig na pele de 007 é uma mutação equivocada do filme anterior, deixando de lado a concepção mais inteligente e refinada da criação de Ian Fleming por um modelo truculento de fazer filmes que anda altamente em voga.
Se o outro longa era aberto por uma cena de ação de primeira linha, neste aqui quase todos os momentos de força bruta parecem querer reprisar as seqüências de perseguição em larga escala de Batman – O Cavaleiro das Trevas, pecando justamente no mesmo ponto: tudo parece inflado, maximizado, exagerado – e chato. A estréia de Craig no papel já indicava a mudança no tom do personagem, mas aqui esse movimento perdeu o caráter passional e se deformou numa novelinha que me parece inédita na carreira do herói.
Sem o contraponto amoroso do longa anterior, Bond é apenas um homem atrás de vingança como tanto outros. Sem espaço para o romance e com um lugar diminuto para o humor que sempre deu equilíbrio à série, Quantum of Solace se tranformou num daqueles filmes de macho pra macho que encontrou num diretor ruim (Marc Forster fez filmes horrorosos como Em Busca da Terra do Nunca e O Caçador de Pipas) o pior defensor que poderia ter.
007 – Quantum of Solace
[Quantum of Solace, Marc Foster, 2008]
É verdade, Chico. Acho que em Cassino Royale ele errou a mão 🙂
Vi sim, Drex. Nem comentei porque gosto do roteiro do “Cassino Royale”, que tb tem ele nos créditos…
Oi Chico,
Reparou que o roteiro é do Paul Haggis, né?
Me deu um sono este filme…
Concordo em muitas palavras de Wallace. Continua de forma satisfatória, mas inferior ao anterior, sem dúvida. “O destaque vai para a cena intercalada durante a ópera Tosca, a fuga de um bote contra barcos em alta velocidade e uma seqüência que envolve um telhado de vidro, a queda em andaimes e Bond pendurado por cordas nos pés.” Ele só quer vingança, mas ainda sabe fazer bem o feijão com arroz, e com perguntas ainda sem respostas, teremos que concluir com mais um capítulo. E sim, Marc Foster não foi a melhor escolha, e nem foi o pior para 007. O único filme que escapa da fase Pierce Brosnan é o mediano Goldenye… O resto é caldo de bila pra americano ver.
“A Última Ceia” foi a única vez em que ele demonstrou algum talento…
Acalmem-se, acalmem-se, não acho que seja para tanto … o filme é bastante inferior ao Cassino Royale, mas, em minha opinião, dá continuidade de forma satisfatória à nova face de Bond apresentada no filme anterior, o que o torna melhor do que qualquer incursão do Pierce Brosnan, por exemplo, na série …
Enfim, é apenas uma opinião …
Sobre o Forster, não acho ele ruim, mas é patente que ele nunca confirmou o talento depontado em A Última Ceia … uma pena.
Três!!!
Somos pelo menos dois, Alex.
putz, pensei que soh eu eh que tinha achado isso….