Post reciclado II: os filmes modernos

EDUKATORS
The Edukators, Alemanha/Áustria, 2004.
Direção: Hans Weingarten.

O que transforma este filme num belo filme é que ele é tão convicto de suas ideogogias que se torna quase ingênuo, adolescente. A presença do mesmo Daniel Bruhl de Adeus, Lênin (2003) no elenco reafirma essa idéia. O personagem dele, junto com um colega, invade mansões, rearruma os móveis e deixa bilhetes para assustar os riquinhos. Até que alguma coisa dá errado. Na melhor cena do filme, surge a pergunta: como você, com um passado destes, se transformou no que você é? Resposta: acontece sem a gente sentir. Não precisava de “Hallellujah” três vezes no final (a trilha já é boa o suficiente), anunciando redenção. Não precisava do bilhetinho na parede. Edukators faz parte de um cinema alemão que não é chato. Isso já é bastante coisa.

QUESTÃO DE IMAGEM
Comme une Image, França, 2004.
Direção: Agnès Jaouï.

A velha história do homem de negócios muito ocupado, preocupado com os negócios, o dinheiro, a badalação, e displicente com a família e os amigos. Tudo isso formatado de comédia moderna francesa, com diálogos ágeis e bons atores. Não fosse esse diferencial seria mais difícil de aturar. Pois é, O Gosto dos Outros (2000) era melhor.

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