Betty tem uma relação tumultuada com a mãe e tenta devolver para o filho tudo o que não teve. Mas um acidente impede seus planos e sua mãe precisa assumir seu verdadeiro papel. Sandrine Kiberlain (especialmente francesa em Tudo Bem, Até Logo) segura as pontas de sua Betty e Nicole Garcia demonstra a perturbação necessária para a mãe. O duelo calado das duas é o que move o filme. Falta de comunicação. Imagine o que Bergman faria. O romance de Ruth Rendell já tinha rendido um longa rodado nos EUA chamado Tree of Hands (89), com Helen Shaver e Lauren Bacall como mãe e filha.
O roteiro do próprio cineasta é inteligente. Os personagens são apresentados até o último momento do filme e sempre há alguma ação em andamento. As histórias paralelas fazem parte de uma trama universal. Todas são atrizes coadjuvantes da relação difícil que Betty tem com sua mãe. E todas são eficientes. Betty Fisher é um belo filme. Rendell arma uma teia de coincidências que se locupletam. Engrenagens. É uma favorita do cinema europeu, já adaptada por Pedro Almodóvar (Carne Trêmula, 97) e Claude Chabrol (Mulheres Diabólicas, 95). As mulheres sempre estão no centro de tudo. Afinal, é delas que tudo vem.
Betty Fisher e Outras Histórias
[Betty Fisher et Autres Histoires, Claude Miller, 2001]
The whole you said is true, however a lot of upsides. Like, ready to’t be fired.