Curiosamente é delas que surge a melhor personagem, o enteado cabeleireiro, que ganhou um intérprete interessado em defendê-lo (infelizmente, o espaço é pouco). Esse interesse pouco existe na estreante Camilla Belle ou mesmo no grande ator que é Daniel Day-Lewis, provavelmente pelo fato de que o texto não permite isso. Estranho esse acanhamento de Rebecca, que vinha de um belo filme anterior, O Tempo de Cada Um (2001), extremamente bem resolvido na defesa de suas três protagonistas. Aqui ninguém tem muita certeza do que é, do que acreditar e isso cria um certo incômodo visível, sobretudo no final, ruim, que a diretora entrega a suas personagens. Então, para que tanta melancolia? Para dar aquele gostinho de filme independente que tem que ser triste e ter personagens perdidas no mundo? Bob Dylan poderia estar mais à vontade em outro lugar.
O Mundo de Jack e Rose
The Ballad of Jack and Rose, Rebecca Miller, 2005]
Gosto muito desta música.
Acho mais bacana quando os créditos estão alinhados à esquerda. Hehe.
Mas o “Trompe le Monde” foi muitíssimo elogiado quando lançado.
oioi! não vi o filme, li sobre em outros lugares. seu texto me deixou curiosa, não sabia que tomava esse direcionamento. parecia mais sutil a possibilidade do envolvimento.
abraços
Ainda nem tinha ouvi falar deste – ao que parece, ainda não estreou por aqui… também gostei bastante de O tempo de cada um – vamos ver, vamos ver. Sobre o teu balanço ali embaixo, Chico, também fiz um semelhante – e concordo contigo sobre o bom ano do cinema nacional… E temos 12 em comum no top 20 – sendo q da tua lista eu não vi Reis e rainha, A vida marinha e Terra dos mortos. Um abraço.