Minha redescoberta/reaproximação, ou – por que não? – meu reapaixonamento pelo cinema de Kubrick começou quando eu vi há alguns dias, pela primeira vez, Barry Lyndon, um dos filmes mais esplêndidos que o cinema já fez. Reassistir a O Iluminado teve um efeito parecido. Primeiro, há o impacto daquela imensidão, seja nas cenas abertas, seja nas internas. Nada escapa à câmera de John Alcott, que promove um romance entre as cores da fotografia e os cenários majestosos. Cada quadro é extremamente calculado, com todos os elementos de cena arranjados em função de um equilíbrio não puramente estético, mas conceitual – em favor do clima de prisão superdimensionada. A importância do espaço, algo comum a toda a filmografia kubrickiana, é mais forte aqui já que, neste filme, o hotel é quase uma personagem. Os três protagonistas vagam pelo cenário estabelecendo pequenas jornadas solitárias até se perderem dentro dele, ao som de uma música perturbadora. É quando Kubrick catapulta o texto de Stephen King, que, por sinal, não gostou nada do resultado. Neste filme, Jack Nicholson estabelece um padrão de interpretação que influenciou praticamente tudo que veio depois. Shelley Duvall faz algo parecido. Materializa o desespero, mas é o pequeno Danny Lloyd, o responsável por algumas das expressões de pavor mais assustadoras da história do cinema.
O Iluminado
[The Shining, Stanley Kubrick, 1980]
Esse é o filme do Kubrick que eu mais preciso rever. Da primeira vez que assisti, em vhs, não entrei muito no clima. Preciso rever em DVD e na calma da noite. Heheeh
Esse filme é responsável pela invenção do ‘Steadycam’! O que são aquelas cenas nos corredores… Putz!
E dificilmente se viu, ou melhor se ouviu, algo parecido com a trilha desse filme, o uso de sons e ruidos é magnifico. Tem um compositor chamado Giorgy Ligeti que é literalmente foda!
Abs.
Querido Chico,
Quando voce nao estiver assistindo seus filmes, venha ler minhas aventuras sexuais. Tenho certeza que voce vai gostar…
http://valenttina.blogspot.com
Beijos cinematograficos
Valenttina
É, foi isso mesmo que aconteceu.
Não foi por mim não. Deve ter sido pelo próprio autor, o William. Na verdade, era o mesmo comentário que ele fez depois. Deve ter sido aquele caso em que o comment demora pra entrar e a pessoa manda de novo. Quando vê, tem dois… Eu sie que era igual porque chegam cópias dos comments no meu email.