Não lembro o ano exato em que vi este filme pela primeira vez, mas as imagens de Carol Anne conversando com a televisão nunca me saíram da cabeça. Acho que o fato de estarmos diante de um filme de família, de um desafio familiar (e um filme exemplar na ambientação desse cenário), cria uma aproximação natural com o drama dos protagonistas. A “maldição” dos bastidores, inclusive a morte precoce de Hearther O’Rourke, ajuda a alimentar o mito em torno do longa, o que é comum no gênero. É, muito provavelmente, um dos dez melhores filmes de terror que o cinema já pariu. Assustador do começo ao fim, sua maior qualidade é a elegância da direção, que dá credibilidade à história sobrenatural. Sem querer desmercer o trabalho de Tobe Hooper, praticamente tudo no filme nos leva a crer que o verdadeiro criador ali foi Steven Spielberg, roteirista e produtor. Sua mão está lá, desde o tratamento familiar à ambientação, à escalação de um elenco perfeito, ao apuro técnico, à câmera e a cor do filme, parentes próximos das de Tubarão. A fotografia é excelente, com uma atenção especial para os enquadramentos dentro dos planos. A montagem é essencial para espalhar o horror pelo filme. O único desserviço que a revisão de Poltergeist promove é lembrar de que há um gênero de filmes que já morreu… mas que esqueceram de enterrar.
Poltergeist – O Fenômeno
[Poltergeist, Tobe Hooper, 1982]
Pois eu não precisei rever no ano passado, não, eh eh. Acho Poltergeist o menos bom dos filmes que o Chico enumerou, e olhe que não sou nenhum fã do Exorcista. De qualquer forma, Poltergeist nunca me deu medo.
Revi ano passado e tive uma opinião semelhante ao do Marcelo. Muitos filmes devem ser revistos, mas talvez Poltergeist não. A inocência e a imaginação infantis combinam melhor com o filme, hoje sou uma adulta mal-humorada, hehe.
Não exatamente do horror, mas dos filmes de horror estilosos, elegantes e assustadores como “A Profecia”, “O Exorcista”, “Poltergeist”, “O Iluminado”, entre outros.
“?há um gênero de filmes que já morreu… mas esqueceram de enterrar.”
Han?
Tu tá falando do gênero horror?
Vi na Globo quando era criança e morri de medo, tive pesadelos, verdadeiro horror. Revi em DVD há uns meses e achei um tanto decepcionante, apesar de muitas cenas boas. Realmente tem a marca do Spielby.
as imagens de Carol Anne conversando com a televisão nunca saíram da minha cabeça também Chico!