Tudo o que acontece entre quatro paredes costuma sempre chamar muita atenção. Em Confidências Muito Íntimas, o casamento em crise leva Sandrine Bonnaire a um psicanalista que não é exatamente um psicanalista. A troca de personas, a princípio, parece bem interessante, mas logo Patrice Leconte, que já foi tão bem-sucedido ao falar de amor em O Marido da Cabeleireira , cai numa sequência de armadilhas para tornar seu filme estranhozinho que dá com os burros n’água. Como Bonnaire é uma atriz grande, consegue contornar boa parte do que o roteiro tenta fazer com sua personagem (torná-la misteriosamente vilã, por exemplo, com caráter e origem questionáveis). Fabrice Luchini, que passa o filme inteiro com cara de pastel (quando não faz cara de de saltenha), não fornece o contraponto necessário para o filme se desenvolver. Então, falar de experiências e fantasias sexuais, o que pode ser bem excitante, se converte num blá-blá-blá sem muito atrativo.

Confidências Muito Íntimas  EstrelinhaEstrelinha
[Confidences Trop Intimes, Patrice Leconte, 2004]

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