Às vezes, é preciso fazer carinho nas memórias. O Que Lembro, Tenho, filme do alagoano Rafhael Barbosa, um dos destaque do Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo, mora no espaço entre a história e saudade. Mãe e filha vivem uma relação a partir das sobras que lhes são permitidas, com o que o passado esqueceu de levar. O diretor tem um cuidado especial na escolha das imagens, emoldurando esse convívio numa melancolia suave, sem excessos, com o drama surgindo naturalmente na narrativa. A excelente Ivana Iza, no papel da filha Joana, amadureceu e entrega uma performance triste e sóbria, contraponto perfeito para a espontaneidade de Anita da Neves, descoberta do cineasta, que muitas vezes lembra a protagonista de Girimunho, Bastú. O Que Lembro, Tenho ganhou um novo corte para a exibição no festival.
O Que Lembro, Tenho ½
[O Que Lembro, Tenho, Rafhael Barbosa, 2012]
Mostra Brasil 1
23/08 – 17:00 – Museu da Imagem e do Som (Av. Europa, 158 – Jd.Europa)
25/08 – 17:30 – CineSESC (Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César)
27/08 – 19:00 – Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso)
Estado Crítico 2
23/08 – 19:00 – Cine Olido (Av. São João, 473 – Centro)
28/08 – 19:00 – Espaço Itaú Augusta (Rua Augusta, 1470 – Cerqueira César)
01/09 – 17:00 – Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso)
Um pensamento sobre “O Que Lembro, Tenho”