A coisa mais simpática que se pode escrever sobre Achados e Perdidos é que Zezé Polessa é muito gostosa. O corpo da mulher me surpreendeu. Além disso, é dela que vem a melhor interpretação do filme. Muito além da puta boa, expressão que deveria ser classificada como categoria de personagem, a atriz consegue dar dimensões diferentes à personagem, num marasmo de inventividade de roteiro, direção e elenco. Uma interpretação que se constrói em flashbacks.
A visita ao universo noir, em pleno Rio de Janeiro contemporâneo, tem um ponto de partida interessante, mas a direção esquemática e um roteiro que não leva a lugar nenhum são desanimadores. Antônio Fagundes liga o piloto automático para criar o policial aposentado que se vê forçado a num novo contato com o mundo do crime. Ele perde até para Juliana Knust, que está ok – e, sim, Ailton, ela aparece nua. No conjunto, o filme de José Joffilly é muito fraco. Mais uma vez. Não entendo como se consegue reunir tanta coisa ruim: direção frouxa, texto ruim, edição óbvia, trilha que segue para todos os lados. Mas de uma coisa o Joffilly pode se orgulhar: mesmo sendo um filme fraco, está anos-luz do horrendo A Maldição de Sanpaku, que o diretor pariu há catorze anos.
[achados e perdidos ]
direção: José Joffily. roteiro: Paulo Halm, com colaboração de Jorge Durán, baseado em livro de Luiz Alfredo Garcia-Roza. elenco: Antônio Fagundes, Zezé Polessa, Juliana Knust, Genézio de Barros, Malu Galli, Isaac Bernat, Babu Santana, Hugo Carvana, Roberto Bomtempo, Ricardo Blat, Flávio Bauraqui.
fotografia: Nonato Estrela. montagem: Eduardo Escorel. música: André Abujamra. desenho de produção: Pimenta Jr. figurinos: Ellen Millet. produção: Heloísa Rezende, José Joffily e Sérgio Gândara. site oficial: achados e perdidos. duração: 100 min. achados e perdidos, brasil, 2006.
nas picapes: [gracias a la vida, elis regina]
Vou assistir só para ver as duas peladas mesmo, pois esse diretor é desanimador.
Tá bom, mas acho que todo mundo já sabe…
Não espalha isso porque senão eu vou ficar com fama de tarado de plantão..hehehehe
Muito ruim mesmo… Nosso único diretor a conseguir trabalhar de maneira descente o gênero policial é mesmo o Beto Brant.
Gracias a você, Ailton. E deixa de coisa que todo mundo sabe que se tem uma peladona, o filme já ganha seu coração.
Ah, e vc tá ouvindo “Gracias a La Vida”! Legal.
Pô, mas eu nem perguntei nada! Hehehehe… E sabe que eu gostei de A MALDIÇÃO DE SAMPAKU. Claro que não é um bom filme, mas eu curti assistir. E eu gostei do trailer desse ACHADOS E PERDIDOS. Até achava se tratar de alguma adaptação de Rubem Fonseca..hehehhe
“e, sim, Ailton, ela aparece nua”, hahaha! E a Zezé Polessa? Nunca tinha feito papel de gostosa, coitada… E olha que já passou dos 50…