“Chico, cadê você?”. A pergunta do meu amigo Ailton Monteiro, dono de um dos blogues de cinema mais legais do Brasil, no último comentário do post anterior, tem apenas uma resposta possível: São Paulo. Além da localização espacial, a resposta significa muito mais. Nas últimas semanas, minha vida passou por uma série de reviravoltas. Primeiro, decidi morar sozinho. Em seguida, saí do meu emprego de quatro anos. Por fim, decidi que era a hora de voltar a tentar a vida numa cidade que me persegue há quase uma década. São Paulo.
Era a chance de acionar os amigos e os contatos e me arriscar em mais um dos momentos fênix da minha vida. Começar tudo do zero. Se eu fosse muito religioso, agradeceria a Deus ou ao Bento, mas, como não é o caso, agradeço a meus amigos e a minha família pela força que me deram na minha decisão de trocar de cidade. Em especial ao meu amigo Guilherme Lamenha, irmão escolhido, que me abriga pela enésima vez, e a meus irmãos de verdade, Thomaz e Maria, os mais disponíveis, otimistas e confiáveis que alguém pode ter. Com o apoio do sorriso deles, e de tantos outros que deixo em Salvador, tive a certeza do que fazer.
Então, durante uma semana, me despedi da Bahia. Em meio à correria de rescisões e mudanças, ganhei duas lindas despedidas. Uma, surpresa, de meus amigos da TV em que trabalhei nos últimos quatro carnavais – literalmente -, uma festa com mais gente do que eu poderia imaginar, que me deu a alegria de ter divido meu espaço de trabalho com tanta gente legal durante tanto tempo. A segunda, programada em cima de hora, com meus outros tantos amigos que fiz e reencontrei em Salvador. Amigos de quem vou sentir uma falta imensa por tanta coisa partilhada. Entre eles, Gil, Claudinho e Janzinha, justamente as três pessoas especiais que me levaram para a Bahia, me resgatando de uma fase delicada.
E nem deu tempo de me despedir de tudo e de todos. Menos de duas semanas depois de sair do emprego, outro trabalho surgia na minha frente. Entrevista por telefone, teste pela internet, e lá estava eu em frente a um novo desafio. E com cinco dias para rearrumar minha vida. As decisões, definições, obrigações desses últimos dias me consumiram totalmente. Mal consegui parar. Muito menos escrever por aqui. A lista aí é de filmes que vi nesse hiato e sobre os quais não deu tempo para escrever aqui:
Cartola – Música para os Olhos , de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda
A Colheita do Mal , de Stephen Hopkins
A Família do Futuro , de Stephen J. Anderson
Hannibal – a Origem do Mal , de Peter Webber
Lady Vingança , de Park Chan-Wook
Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio , de Rosemberg Cariry
Marcas da Vida , de Andrea Arnold
As Tartarugas Ninja – O Retorno , de Kevin Munroe
Agora é começar a trabalhar, acertar minha vida e começar a comprar os bonecos da Liga da Justiça que eu vi pra vender. Caríssimos, mas lindões. Que venham os próximos filmes, que venham os reencontros com meus amigos que moram por aqui, que venha o próximo capítulo.
Obrigado a todos por tudo. Obrigado à Bahia por todos.
Chico,
boa sorte em Sampa.
Sucesso, moço!
Porque talento você tem de sobra.
Abração.
PS: Estive em Sampa nos últimos
10 dias. Voltei hoje a Goiânia.
Puxa, não é que o melhor crítico de cinema da nossa Soterópolis arrumou as malas e partiu?! Não deixa de ser (mais um) dos tantos reflexos do triste estado das coisas por aqui… Mas é isso aí: não poderia deixar de vir aqui e desejar muito sucesso nessa nova etapa da vida.
Será ótimo tê-lo aqui, bem-vino my friend!
lady Vingança = decepção
Bem vindo.
Cerveja, qualquer dia desses.
Bem-vindo à São Paulo.
Boa sorte na vida nova!
Boa sorte neste nova jornada Chico!