Curtas
Dona Flor e Seus Dois Maridos resiste bem ao tempo. É um bom filme. Bruno Barreto possivelmente nunca conseguiu um resultado tão interessante, embora nunca excepcional exceto, talvez, na cor . Interessante como vê-lo agora, que o cenário das ruas do Pelourinho me é familiar, faz dele um filme mais caseiro, mais gostoso. O Intercine Brasil, das segundas-feiras, é uma realmente uma bela pedida.
Locaram Madagascar aqui em casa e eu revi a primeira parte, antes do grupo sair de Nova York. O filme, num balanço geral, é fraco e perde absurdamente o timing depois disso, mas há momentos hilários e belamente construídos. A seqüência na estação de trens é muito, muito boa e as discussões me parecem bem interessante (origem, natureza, etc.).
Como sempre, eu peco pela impulsividade. Minha lista de melhores filmes da Mostra de Cinema de São Paulo trazia O Mundo, de Jia Zhang-ke, no topo, mas havia dois filmes melhores do que ele na seleção deste ano. Marcas da Violência cresce a cada momento na minha memória e tem meu voto certo para o Alfred entre os melhores filmes do ano. E Reis e Rainha é a obra-prima completa.
Acabei de descobrir que há duas músicas inéditas de Elliott Smith em Impulsividade, de Mike Mills, que estréia nas próximas semanas. Vi o filme na Mostra e gostei muito, mas tenho certeza de que muita gente vai cair de pau. Ele tem o clima meio “perdido na chuva” de Hora de Voltar, mas com o timing e a melodia certas. E boa parte disso se deve à música, bela, triste, melancólica.
Favela Rising, que conta a história do Afroreggae, é pré-candidato ao Oscar de documentário. Taí o tipo de filme que não me interessa. Passou no Rio e em São Paulo, nos festivais, mas não me despertou o mínimo interesse. Essa história de filme que dá exemplo me enche o saco, embora eu não queira aqui questionar nada das atividades do grupo ou da existência do filme. Só não me interessa.
2 Filhos de Francisco aparece em várias listas de sites de apostas entre os prováveis indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Bombadíssimo. Pior que tem cara de Oscar mesmo. Eu acho o filme apenas bem feitinho. Neste ano, o cinema brasileiro fez pelo menos quatro filmes muito melhores: Cabra-Cega, Casa de Areia, Cidade Baixa e Cinema, Aspirina e Urubus. Todos com “c”, vejam só.
Salvador vai receber, mais uma vez, o Festival Varilux de Cinema Francês. Vai ser a partir do dia 25, no Clube Bahiano de Tênis. Entre os filmes, o novo do Chabrol, A Dama de Honra, o clássico de Jacques Demy, Pele de Asno, e Agentes Secretos, de… bem, o diretor pouco importa quando a estrela é Monica Bellucci.
Não sei não, mas King Kong me parece genial…
Dos trailers, só não gostei muito daqueles orcs, mas o resto tá bem decente. Jack Black foi uma escolha certeira.
Eu adoro “Jurassic Park”.
=)
Vamos esperar, Ícaro.
Essa cena é boa mesmo, Ailton. E 2 Filhos não me cooptou mesmo.
Henrique, vou ao In Contention, Oscar Jam, Film Experience, Awards Heaven, entre outros…
Chico, gosto muito de “Cabra-cega” também. Quanto ao “King-Kong”, sei não. Vi o trailer ontem e senti uma pitada de “Jurassic Park” no ar. Mas vamos esperar para ver, né? Abraço.
Eu acho 2 FILHOS DE FRANCISCO muito superior a CABRA-CEGA.
E KING KONG deve ser ótimo mesmo!
O Festival Varilux vai chegar por aqui com uma semana de antecedência, Chico. Vou tentar ver pelo menos os Demy e Chabrol.
De DONA FLOR, eu nunca esqueço daquela cena em qeu o Vadinho volta do mortos e a Flor pergunta pra ele: “Vadinho, como é Deus?”. E ele diz, pegando na bunda dela com tesão: “Deus?…Deus é gooordo…”
Quais são esses sites de apostas que você vê?
Mas o filme é justamente este ponto de encontro nebuloso entre a piada e o sério.
Continuo com “O Mundo” em primeiro. Vi “Marcas da Violência” e gostei bastante, mesmo achando que se leva a sério demais. Eu me peguei rindo em algumas partes do filme, mesmo com tudo sendo destruído à minha frente. Vá saber?!
Uma coisa é certa… o final é para duelar com o de “Um Filme Falado”.