Como Foster, que já foi bom diretor em A Última Ceia, não é Tim Burton, os devaneios do personagem parecem deslocados, fingidos, pouco críveis ou admiráveis. O filme deixa de ser fantasia e se torna farsa, onde a única coisa realmente acertada é a direção de arte do filme, que explora cenários e figurinos exagerados para os momentos de delírio. Em Busca da Terra do Nunca é rico visualmente, mas pobre de conteúdo.
Os maneirismos chatinhos de Johnny Depp são estimulados pela direção e a falta de rédea (e de eficiência para o tema) de Marc Foster prejudica o desenvolvimento do filme. O garotinho Freddie Highmore, saudado pelo mundo afora, não faz muito mais do que Vinícius de Oliveira fez em Central do Brasil. É bonitinho, decora suas falas direitinho, faz cara de triste e isso é o que encanta. Como a intenção é justamente essa identificação direta, o filme se torna tão fácil quanto os romances água-com-açúcar feitos para emocionar os mais sensíveis.
Em Busca da Terra do Nunca
[Finding Neverland, Marc Foster, 2004]
Eu gosto do filme… acho que por ser fã da obra Peter Pan me encantei com o filme.
OK OK (nelson rubens?) o autor não era exatamente como mostrou o filme, mas eu gostei muito mesmo.
Oi Chico,
pra falar a verdade, gostei e muito do filme. Talvez por eu ser professora e ter estado sempre muito ligada aos livros. O filme é excessivamente encantador sim, mas isso não tira dele a qualidade de ser realmente encantador.
Já Johnny é um dos melhores atores de Hollwood que chegou conclusão de que só vai fazer papéis que o agradem. Esses maneirismos é que fazem dele quem ele é.
Kate Winslet é como sempre tira leite de pedra. Ok, fazer o papel de uma mulher boazinha com filhos fofinhos é fácil, mas ela não deixa nada a desjar.
Enfim, gostei do filme. É forçado sim, mas ele tem seus méritos.