[festival do rio – repescagem]
[um longo caminho ]
direção: Zhang Yimou.
Qian Li Zou Dan Qi, 2005. Os filmes de artes marciais fizeram Zhang Yimou pesar a mão. Este melodrama convencional tem seus belos momentos, mas eles são ofuscados por um didatismo de direção e roteiro bastante incômodos. A simplicidade da história, que deveria ser cativante, incomoda por parecer tão fácil. As cenas onde o protagonista “adota” um novo filho para compensar a ausência do filho legítimo são as melhores. Yimou ainda está em débito.
Com Ken Takakura, Shinobu Terajima, Kiichi Nakai, Jiamin Li, Lin Qiu, Jiang Wen, Zhenbo Yang.
Cristina, eu achei “A Garota da Vitrine” bom. Mas “Mentiras Sinceras”, eu acho muito fraco.
Chico, descobri que você é jovem. Sabe por que? Por sua visão em dois filmes “masculinos” que vi no fim de semana – A Garota da Vitrine e Mentiras Sinceras -. Meu marido adorou, e ele é o maior cinéfilo (e leitor) que conheço. Só que ele tem mais de 50. Bom, vimos o filme – A Garota – e ele foi, então, falar do amor masculino, que não precisa de palavras, que usa os gestos e estes, sim, dizem tudo. Mas a garota é jovem, precisa ouvir “eu te amo” para acreditar. E, Chico… palavras valem tão pouco, saem tão facilmente da boca. Mas um gesto, ah um gesto, um carinho, um presente, um cuidado (aquele comprimido após a consulta médica), isso sim é amor.
Reveja o filme dentro de uns 10 anos, você vai gostar muito.
Sobre o filme inglês, Chico, o amor é lá no profundo, uma pulada de cerca é um cisco perto de uma vida estruturada, perto do respeito à individualidade alheia.
Continuo leitora, claro.
O filme está longe dos melhores de Yimou, mas eu gostei bastante (como gosto dos filmes de arte marciais alias).
Tou na expectativa forte pelo novo dele. Será que vai para Sampa?