Caverna dos Sonhos Esquecidos EstrelinhaEstrelinhaEstrelinha
[Cave of Forgotten Dreams, Werner Herzog, 2011]

Tudo pelo Poder EstrelinhaEstrelinhaEstrelinhaEstrelinha
[The Ides of March, George Clooney, 2011]

George Clooney é um dos caras mais legais de Hollywood. Boa praça, bonitão, ator correto e extremamente politizado. Seu filme anterior, Boa Noite e Boa Sorte, já demonstrava segurança atrás das câmeras. Em Tudo pelo Poder, Clooney revela que cresceu – e muito – como diretor, comandando um tema complexo e específico [a disputa entre os candidatos democratas pela indicação à presidência numa prévia] com muita sobriedade. Ele sabe bem o que quer. Nada sobra e nada falta ao filme.

O filme trabalha com a exatidão: é econômico, mas consistente e fluído. Clooney administra a virada na trama de uma maneira tão delicada que o espectador mal sente quando o jogo muda. O galã reserva para si um papel pequeno e deixa Ryan Gosling demonstrar seu talento como o assessor de imprensa cujos princípios são colocados em cheque. O elenco tem Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Evan Rachel Wood e Marisa Tomei. Todos excelentes. A fotografia competente, a montagem dinâmica e a bela trilha garantem uma embalagem de primeira classe para um longa, que é a cara de seu diretor: elegante e inteligente.

Histórias da Insônia EstrelinhaEstrelinha
[Sleepless Night Stories, Jonas Mekas, 2011]

O filme de Jonas Mekas me parece seguir a linha-limite entre a brincadeira genuína e o golpe descarado. A proposta inicial seria colar uma série de encontros do diretor em noites de insônia. Funciona nos primeiros 15 minutos como uma mistura de humor inteligente, espontaneidade e registros coloquiais, amarrados com eficiência por letreiros engraçadinhos.

Mas passada a primeira impressão parece que o diretor mandou essa proposta às favas, inserindo alguns devaneios poéticos [o lagarto, a árvore] e exagerando no improviso [a câmera trêmula me parece muito mais comodismo do que linguagem]. No meio do caos que o diretor instala, há ótimos momentos, como as homenagens à cineasta Marie Menken e a Amy Winehouse. Mas também há coisas gratuitas como a participação de Björk.

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