Parece, mas não é.

Parece um filme ousado, mas não é tão ousado assim (ou ousadia é mudar o material do filme, fazer filme de plástico?).

Parece um filme muito cheio de referências com sua trilha ora eletrônica, ora retrô (toca até a melhor música do Duran Duran, Ordinary World), mas não é tão cheio de referências assim (ou elas seriam meio óbvias?).

Parece um filme muito moderno com seus filtros publicitários, sua câmera em movimento, sua montagem rápida, mas não é tão moderno assim (ou você ainda cai nessa?).

Parece um filme inteligente com seus diálogos cheios de brincadeiras, com seu roteiro intrincado, daqueles em que se tem que fazer muito esforço para não se perder nada, mas não é tão inteligente assim (ou reviravoltas e violência estilizada já são provas de vida inteligente? Em Marte, talvez).

Parece com Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, do Guy Ritchie, do qual o diretor deste foi produtor, e que já perdeu seu frescor. Parece mesmo. Seis anos depois.

Nem Tudo é o que Parece parece original, mas não tem nada de original.

Nem Tudo é o que Parece EstrelinhaEstrelinha
[Layer Cake, Matthew Vaughn, 2005]

Comentários

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20 comentários sobre “Nem Tudo é o que Parece”

  1. Não vi nem este nem o “Jogos…”. Vi apenas o “Snatch”, que achei mais ou menos _por sinal, o texto sobre ele, escrito há mais de 4 anos, estreou o CCE.

  2. Acho bem pior, Diego, mas é da mesma linha…

    Adeus, Lênin estreou em dezembro de 2003, Ed, o que fez com que muita gente não o visse a tempo do Alfred daquele ano. Digo isso porque muita gente manifestou interesse em votar no filme, que eu acho só um filme bonit(inh)o.

  3. A melhor, não acho não, mas gosto muito.

    Bem, se há algumas que não estão vendo as cotações talvez seja o caso de mudar os links de imagem. Vou ver isso…

  4. eu vejos as cotações sem problemas…
    gosto bastante de “jogos, trapaças…”… já de snatch nem tanto – me soou menos criativo que o primeiro. este aí eu não vi, mas gostaria. e eu adoro essa música do lou reed – talvez a melhor dele.

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