Foi uma imensa surpresa descobrir essa adaptação de O Mágico de Oz, de 1925. Não fazia ideia de que o filme existia. Apesar de baseado na mesma série de livros que inspirou o clássico de Victor Fleming, este longa, assinado pelo comediante Larry Semon, segue um caminho completamente diferente: o da comédia de gags. A fantasia nunca é assumida completamente pelo roteiro, transformando o Leão, o Espantalho e o Homem de Lata em disfarces para os personagens do filme. Dorothy é a princesa perdida da Terra de Oz. Mora no Kansas, como do longa de Fleming, mas as semelhanças param por aí.
O resto é um veículo para Semon desfilar seu talento pelo humor que ganhou notoriedade com Chaplin, Buster Keaton e Harold Lloyd. E ele é bom. Tem cenas simples e engraçadíssimas. Os efeitos especiais, de um enxame de abelhas à tempestade que leva os personagens a Oz, são impressionantes, mas parece que o filme levou a produtora à falência. O que mais entristece é que se trata de um trabalho bem bonito. Merecia não ficar à sombra do clássico feito 14 anos depois. Muito menos ter sido esquecido com o tempo. Oliver Hardy, da dupla O Gordo e o Magro, tem um dos principais papéis.
O Mágico de Oz
[The Wizard of Oz, Larry Semon, 1925]