Não é um problema exatamente com o cinema que Roberto Benigni faz, mas O Tigre e a Neve é um filme bem difícil de engolir. Na primeira hora, o cineasta-ator tenta, de novo, – e desta vez literalmente -, nos convencer de que é um poeta. Na segunda metade, resolve mais uma vez reprisar o anti-herói chapliniano – o que faz muito mal – para voltar a se vender como romântico e ainda se mostrar politizado. E Benigni sabe ser bem calculista e maquiavélico para usar, numa clássica historinha de doença, sua ‘simplicidade’ para parecer ‘puro’ e ‘ingênuo’ e, de quebra, tentar se passar por engajado. A meu ver, parece um grito desesperado pelos 15 minutos idos há quase dez anos com A Vida é Bela, do qual este filme parece apenas ser uma cópia. Uma cópia pior.

O Tigre e a Neve Estrelinha
[La Tigre e la Neve, Roberto Benigni, 2005]

 

Comentários

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3 comentários sobre “O Tigre e a Neve”

  1. Não acredito que o filme seja maniqueísta, uma vez que no final, ele mostra “de leve” o que aconteceu para os dois não estarem juntos, Nancy, a loira do começo, com quem ele teve um caso…

  2. Cruz credo..
    Ainda bem q nao te conheço e nunca vou te conhecer na vida.
    Quem não tem sensibilidade e profundidade pra entender, verdadeiramente, um filme como esse e como “A Vida é Bela”, independente dos racionais defeitos cinematográficos q possam ter, não faz nenhuma falta na minha vida.

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