Bennett Miller consegue ser indicado na categoria de direção, que tem apenas cinco vagas, mas seu longa, Foxcatcher, não entra na lista de melhor filme, que poderia chegar até dez finalistas. Birdman, um dos campeões de indicação no ano, nove, não aparece na categoria de montagem, um quesito geralmente associado à categoria principal. Dois Dias, Uma Noite, é eliminado até do shortlist de filme estrangeiro, mas sua protagonista, Marion Cotillard, consegue vaga entre as atrizes. Mesmo falando em francês. Todo ano o Oscar traz uma série de idiossincrasias que refletem o longo e tumultuado processo que culmina com a lista de indicados.
Boyhood, de Richard Linklater, teve apenas seis indicações, mas continua confortável na posição de favorito ao prêmio principal. Entrou em todas as categorias em que era cotado (filme, direção, coadjuvantes, roteiro e montagem). Seu principal rival, O Jogo da Imitação, do norueguês Morten Tyldum, teve mais indicaçoes, mas mais parece uma opção que a temporada encontrou (para o caso de evitar um filme tão independente como Boyhood) do que um adversário com chances reais. Richard Linklater tem a seu favor uma carreira de prestígio, um nome que gera simpatia, respeito e experiência e, sobretudo, um projeto único na história.
Essas qualificações devem acalmar aquele membro da ala mais antiga da Academia que gosta de narrativas mais tradicionais. Aquele que provavelmente indicou um filme medíocre como A Teoria de Tudo para melhor filme do ano e que pode ter estranhado e resistia a votar em Boyhood. Linklater, apesar dos méritos de seu longa, pode ganhar um Oscar pelo conjunto da obra. Por outro lado, Tyldum fez um filme de narrativa clássica, que se passa na Segunda Guerra, com astros ingleses e o sotaque britânico sempre é uma opção de voto mais conservador, como foi O Discurso de Rei, que bateu A Rede Social em 2010.
O Oscar confirma o abraço que a temporada deu em O Grande Budapeste Hotel, nove indicações, mas o filme só parece ter chances mesmo nas categorias de direção de arte, trilha e talvez roteiro. Por outro lado, resistiu a celebrar O Abutre, que coloca Los Angeles, a cidade da Academia, no centro do mundo do consumo desenfreado da informação.
filme
Birdman, Alejandro Gonzalez Iñarritu
Boyhood, Richard Linklater
O Grande Hotel Budapeste, Wes Anderson
O Jogo da Imitação, Morten Tyldum
Selma, Ava DuVernay
Sniper Americano, Clint Eastwood
A Teoria de Tudo, James Marsh
Whiplash, Damien Chazelle
Pela primeira vez desde as mudanças nas regras que deixam essa categoria com um número mínimo de 5 e um máximo de 10 indicados, esta é a primeira vez em que oito filmes (e não nove) são finalistas. Todos eles estavam bem cotados e não era muito difícil prever suas indicações. Mas o número menor de indicados frustrou a expectativa de muitos candidatos, entre eles Foxcatcher, que teve uma inexplicável indicação para direção mesmo falhando aqui; O Abutre, que terminou com uma indicação solitária em roteiro original; Garota Exemplar, um dos grandes esnobados do dia, também com uma menção apenas; Um Ano Mais Violento, completamente esquecido; Caminhos da Floresta, finalista em categorias técnicas; e Invencível, frustrante tentativa de Angelina Jolie ganhar o Oscar (ainda bem que ninguém caiu nesta). Nunca entenderei porque Era Uma Vez em Nova York sequer foi lembrado pelos precursores. A disputa se concentra em Boyhood e O Jogo da Imitação.
direção
Alejandro Gonzalez Iñarritu, Birdman
Bennett Miller, Foxcatcher
Morten Tyldum, O Jogo da Imitação
Richard Linklater, Boyhood
Wes Anderson, O Grande Hotel Budapeste
Bennett Miller parece um peixe fora d’água. Se a ideia era colocar um diretor de um filme da Sony aqui, seria mais lógico dar a vaga para o Damien Chazelle, de Whiplash, indicado a melhor filme. Na lista do Directors Guild of America, o lugar de Miller foi tomado por Clint Eastwood (ou vice-versa). Por sinal, dar seis indicações para Sniper Americano e desconsiderar seu diretor foi meio estranho. Richard Linklater parte como favorito. Seu maior rival é Iñarritu, que parece ter mais chances aqui do que na categoria principal. Tyldum só ameaça se seu filme crescer muito este mês. Harvey Weinstein tem muito trabalho pela frente. E finalmente eles reconhecem o Wes Anderson!
ator
Benedict Cumberbatch, O Jogo da Imitação
Bradley Cooper, Sniper Americano (*)
Eddie Redmayne, A Teoria de Tudo
Michael Keaton, Birdman
Steve Carell, Foxcatcher
A Academia realmente adora o Bradley Cooper para dar três indicações consecutivas para um ator esforçado, mas não mais do que isso. Mostra a força do tema do filme do Clint. Carell, que era um dos favoritos no começo da corrida, entrou quase como um azarão, mas parece que o Oscar gostou mesmo do Foxcactcher. Os dois não têm muitas chances. Benedict Cumberbatch tem um pouco mais, mas a personagem de Eddie Redmayne faz exatamente a linha que o Oscar tanto adora: figura real e deficiência física. No entanto, Michael Keaton está fortíssimo. É o comeback do ano e eles gostam muito disso. E, ao contrário de Mickey Rourke alguns anos atrás, Keaton não tem um Sean Penn para atrapalhar sua festa. A ausência mais sentida é a de Jake Gyllenhaal por O Abutre e David Oyelowo parece ter se prejudicado pela falta de repercussão de Selma nos prêmios anteriores. Timothy Spall e Ralph Fiennes, por Sr. Turner e O Grande Hotel Budapeste também seriam ótimos azarões.
atriz
Felicity Jones, A Teoria de Tudo
Julianne Moore, Para Sempre Alice
Marion Cotillard, Dois Dias, Uma Noite
Reese Witherspoon, Livre
Rosamund Pike, Garota Exemplar
Uma categoria que parecia completamente decidida, mas trouxe uma das maiores surpresas deste ano: Marion Cotillard toma a vaga que seria de Jennifer Aniston por Cake. E faz isso com Dois Dias, Uma Noite, o candidato eliminado da Bélgica ao Oscar, falando em francês, quando tinha uma belíssima interpretação em inglês em Era Uma Vez em Nova York. Mas como ela está excelente nos dois, tanto faz. No entanto, é Julianne Moore quem já está com as duas mãos no Oscar. Além de fazer uma personagem real, que convive com o Alzheimer, papel isca para Oscars, a Academia sente que tem uma enorme dívida com ela, que já foi indicada quatro vezes. Rosamund Pike é uma indicação merecida, mas Felicity Jones e Reese Witherspoon estão bem qualquer coisa em seus respectivos filmes. Hilary Swank, Emily Blunt e Amy Adams poderiam, mas não empolgaram tanto.
ator coadjuvante
Edward Norton, Birdman
Ethan Hawke, Boyhood
J.K. Simmons, Whiplash
Mark Ruffalo, Foxcatcher
Robert Duvall, O Juiz
Nenhuma surpresa aqui, mas a indicação de Robert Duvall é bastante preguiçosa porque é o tipo de papel que o Oscar elege há anos, então, fugir um pouquinho do padrão seria altamente recomendável, ainda mais quando O Juiz é um filme tão medíocre. O problema é que nenhum outro candidato a essa vaga teve apoio suficiente da temporada de prêmios. Nem Christoph Waltz, nem Josh Brolin, nem Miyavi, nem os coadjuvantes de Selma, que sumiram. J.K. Simmons parece imbatível desde sempre e dificilmente as coisas irão mudar aqui. Norton é a única ameaça real, mas Birdman deve ganhar seus prêmios em outras pradarias.
atriz coadjuvante
Emma Stone, Birdman
Keira Knightley, O Jogo da Imitação
Laura Dern, Livre
Meryl Streep, Caminhos da Floresta
Patricia Arquette, Boyhood
Eu tinha um palpite de que Laura Dern concorreria ao Oscar desde que vi Livre na Mostra. Não que ela mereça. É o tipo de papel que me incomoda muito e do filme eu não gostei nada, mas uma atriz experiente, que há tempos não se destacava, me parecia uma chance boa pro Oscar. Mas como a temporada não deu muita importância a ela, essa ideia foi se esvaindo e eu estava apostando em Jessica Chastain, mas Um Ano Mais Violento foi uma promessa de premiações não cumprida e quando Rene Russo surgiu em O Abutre, transferi meus sentimentos em relação a Laura Dern para ela, que está ótima, por sinal. Mas a Academia preferiu minha primeira aposta. De resto, Emma Stone está excelente (embora a Naomi Watts também esteja), Keira Knightley e Meryl Streep eram indicações óbvias, mas o prêmio deve ficar com a Patricia Arquette.
roteiro original
O Abutre, Dan Gilroy
Birdman, Alejandro González Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris & Armando Bo
Boyhood, Richard Linklater
Foxcatcher, E. Max Frye & Dan Futterman
O Grande Hotel Budapeste, Wes Anderson & Hugo Guinness
Foxcatcher mostrou força com a indicação aqui. Era a única vaga incerta porque O Abutre, Birdman, Boyhood e O Grande Hotel Budapeste estavam praticamente garantidos. Um Ano Mais Violento e Sr. Turner eram boas apostas para uma indicação, mas ficaram bem enfraquecidos no decorrer da temporada. Para a vitória, sinceramente, o páreo é duro. Pelo número de indicações, pelo Globo de Ouro e pelo prestígio nesta categoria, Wes Anderson é um nome a se considerar, mas a briga feia mesmo será entre Boyhood, o favorito para melhor filme, e Birdman, o mais indicado e o que tem um roteiro mais “original” e com mais “texto”, caso a Academia ache que o filme de Linklater seja mais de diretor do que que de roteiro.
roteiro adaptado
O Jogo da Imitação, Graham Moore
Sniper Americano, Jason Dean Hall
A Teoria de Tudo, Anthony McCarten
Vício Inerente, Paul Thomas Anderson
Whiplash, Damien Chazelle
Paul Thomas Anderson tem prestígio mesmo. Eliminou Garota Exemplar de uma das categorias em que o filme mais tinha chance de indicação. Whiplash, que apenas a Academia considera um roteiro adaptado, conseguiu fazer a transição de categoria, o que mostra que o filme tem muita gente a seu favor. E a menção a Sniper Americano é mais uma prova de como é estranha a ausência de Clint Eastwood entre os diretores. A Teoria de Tudo era uma indicação certa (embora seja um trabalho convencional, chato e nada inventivo), mas não ameaça o favoritismo de O Jogo da Imitação, que, neste sentido, tem mais backup do que seus adversários originais no quesito de melhor filme. Não adiantou a Angelina Jolie chamar quatro roteiristas, entre eles os Coen (imagina o quanto eles não ganharam!) para escrever Invencível.
filme de animação
Os Boxtrolls, Graham Annable & Anthony Stacchi
Como Treinar Seu Dragão 2, Dean DeBlois
O Conto da Princesa Kaguya, Isao Takahata
Operação Big Hero, Don Hall & Chris Williams
Song of the Sea, Tomm Moore
Inexplicável a ausência de Uma Aventura LEGO, que era um dos favoritos para a vitória, mesmo que eu não goste tanto assim do filme. Mas se a vaga dele foi para O Conto da Princesa Kaguya, eu nem me importo muito com a esnobada. Além do longa de Isao Takahata, a GKids, distribuidora indie de filmes de animação, conseguiu um segundo finalista, Song of the Sea. Sem LEGO, a disputa deve ficar entre Como Treinar Seu Dragão 2, que ganhou o Globo de Ouro e teve 10 indicações ao Annie, e Operação Big Hero, que parecia que teria mais apoio da temporada e disputa 7 Annies.
filme estrangeiro
Ida (Polônia)
Leviatã (Rússia)
Relatos Selvagens (Argentina)
Tangerines (Estônia)
Timbuktu (Mauritânia)
A maior surpresa aqui foi Tangerines, primeira indicação da Estônia ao Oscar, trabalho pequeno e bonito. Supresa até certo ponto: muita gente apostava nele porque este tipo de filme, com a guerra como pano de fundo, faz sucesso junto à Academia. Mas se a gente pensar bem, a mesma coisa poderia ser dita sobre A Ilha dos Milharais, que ficou de fora, ou Timbuktu, que entrou. Ida, que ganhou o European Film Awards e outros trocentos prêmios, é o favorito e faz uma linha que a Academia se interessa em premiar. Fica ainda mais forte com a merecida indicação em fotografia, mas o melhor candidato da lista, Leviatã, vencedor do Globo de Ouro, e Relatos Selvagens, um filme extremamente popular, podem surpreender.
fotografia
Birdman, Emmanuel Lubezki
O Grande Hotel Budapeste, Robert D. Yeoman
Ida, Ryszard Lenczewksi & Lukasz Zal
Invencível, Roger Deakins
Sr. Turner, Dick Pope
Incrível a indicação de Ida e interessante a de O Grande Hotel Budapeste, embora houvesse trabalhos mais merecedores. Lubezki é o favorito e fez um trabalho exemplar, mas ganhou no ano passado e se a Academia se tocar disso pode procurar uma alternativa e Roger Deakins mataria dois coelhos com uma só cajadada: finalmente premiaria um veterano que já foi finalista várias vezes, mas nunca venceu, e daria um prêmio de cala-a-boca para a Angelina Jolie. A melhor fotografia do ano é, no entanto, a de Sr. Turner. E graças aos céus que os filtros de A Teoria de Tudo foram pra pqp.
montagem
Boyhood, Sandra Adair
O Grande Hotel Budapeste, Barney Pilling
O Jogo da Imitação, William Goldenberg
Sniper Americano, Joel Cox, Gary Roach
Whiplash, Tom Cross
Não dá pra entender a ausência de Birdman, um ótimo trabalho, aqui. Será que eles acharam que o filme todo era um grande plano-sequência? Dificílimo um longa ganhar a categoria principal sem indicação em montagem. Boyhood não tem muito a cara deste prêmio, mas como é o favorito a melhor filme, pode ganhar aqui também. O Jogo da Imitação é uma ameaça séria, caso queiram dar estofo para poder justificar outros Oscars pro longa. Whiplash seria um vencedor mais merecido já que o trabalho de Tom Cross é quase o de um maestro. Uma vitória de O Grande Hotel Budapeste seria estranha, mas como está tudo meio em aberto…
desenho de produção
Caminhos da Floresta, Dennis Gassner & Anna Pinnock
O Grande Hotel Budapeste, Adam Stockhausen
Interestelar, Nathan Crowley, Gary Fettis & Paul Healy
O Jogo da Imitação, Maria Djurkovic
Sr. Turner, Suzie Davies & Charlotte Watts
Sem novidades. A lógica é dar O Grande Hotel Budapeste porque esta é a área em que o filme de Wes Anderson é mais forte. Merece. Sr. Turner seria um belo prêmio também, mas não vai ser. Era a única chance real de indicação para O Expresso do Amanhã. Não rolou.
figurinos
Caminhos da Floresta, Colleen Atwood
O Grande Hotel Budapeste, Milena Canonero
Malévola, Anna B. Sheppard
Sr. Turner, Jacqueline Durran
Vício Inerente, Mark Bridges
Nem Selma, nem Grandes Olhos, nem Êxodo. Dos indicados, seria mais lógico premiar a Milena Canonero por O Grande Hotel Budapeste pelas mesmas razões da categoria acima. Mas pode dar Malévola, Caminhos da Floresta ou Sr. Turner. Já Vício Inerente, o azarão entre os indicados, se passa numa época que a Academia não tem o costume de premiar.
maquiagem
Foxcatcher
O Grande Hotel Budapeste
Guardiões da Galáxia
Entre a transformação de Steve Carell e os aliens da Marvel, acho que o Oscar vai com a segunda opção, embora esta categoria tenha um histórico de escolhas caretas. Mas Guardiões da Galáxia foi o hit do ano e celebrá-lo aqui poderia ser uma ótima oportunidade de reconhecer o filme em sua seara.
trilha sonora
O Grande Hotel Budapeste, Alexandre Desplat
Interestelar, Hans Zimmer
O Jogo da Imitação, Alexandre Desplat
Sr. Turner, Gary Yearshon
A Teoria de Tudo, Jóhann Jóhannsson
Alexandre Desplat teve oito indicações num período de nove anos. É a opção mais imediata, mas por qual filme? A música é um elemento fundamental em O Grande Hotel Budapeste, mas O Jogo da Imitação pode ser um trabalho mais “importante” na visão da Academia. A Teoria de Tudo ganhou o Globo de Ouro e um prêmio nesta categoria faria do Oscar faria bastante sentido também. A bela trilha de Sr. Turner foi um azarão aqui, roubando uma vaga que poderia ser de trabalhos mais experimentais como Sob a Pele e Garota Exemplar, mas não tem chances. Interestelar também parece fora de questão.
canção
“Everything is Awesome” (Shawn Patterson, Joshua Bartholomew, Lisa Harriton, The Lonely Island), Uma Aventura LEGO
“Glory” (John Legend & Common), Selma
“Grateful” (Diane Warren), Além das Luzes
“I’m Not Gonna Miss You” (Glen Campbell), Glen Campbell: I’ll Be Me
“Lost Stars” (Gregg Alexander, Danielle Brisebois, Nick Lashley, Nick Southwood), Mesmo Se Nada Der Certo
Uma Aventura LEGO esnobado em animação e indicado aqui. Essa Academia, hein? Neste ano, deixaram de indicar as músicas de Lorde, Coldplay e Lana Del Rey, perdoável, mas como esquecer “Mercy Is”, da Patti Smith? Heresia. “Glory”, com John Legend e Common, parece ser a única chance de prêmio para Selma, que realmente sofreu com o problema dos screeners atrasados. Mandaram todos os que fizeram para a Academia, mas, sem passar pelos precursores, o filme enfraqueceu. Sua principal rival é “Lost Stars”, que ainda tem o Adam Levine no vocal, e seria um prêmio para o vocalista do lendário New Radicals.
mixagem de som
Birdman, Jon Taylor, Frank A. Montaño & Thomas Varga
Interestelar, Gary A. Rizzo, Gregg Landaker & Mark Weingarten
Invencível, Jon Taylor, Frank A. Montaño & David Lee
Sniper Americano, John Reitz, Gregg Rudloff & Walt Martin
Whiplash, Craig Mann, Ben Wilkins & Thomas Curley
Lista interessante que não diz muita coisa sobre o que pensa a Academia nesta categoria. Birdman teria mais chances se fosse o favorito a melhor filme, mas nem o tipo de vencedor nesse quesito ele faz. Invencível, por ser um filme de guerra, faria bem mais o estilo, mas está com a moral muito baixa para vencer sem ter um motivo a mais (como em fotografia). Muita gente reclamou da mixagem de som de Interestelar, mas como ele concorre ao prêmio do guild e aqui, é sempre uma possibilidade. Sniper Americano pode ser uma maneira de premiar o filme de Clint Eastwood, mas isso faria mais sentido na edição de som. E Whiplash é sobre música, o que, na falta de um franco favorito, pode significar muita coisa.
edição de som
Birdman, Martín Hernández & Aaron Glascock
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, Brent Burge & Jason Canovas
Interestelar, Richard King
Invencível, Becky Sullivan & Andrew DeCristofaro
Sniper Americano, Alan Robert Murray & Bub Asman
Aqui, Sniper Americano tem chances mais sólidas já que os efeitos sonoros são essenciais ao filme. Mas ele só está um pouco à frente dos outros concorrentes. À exceção de O Hobbit, esta categoria pode ter resultados variados. Faltou Godzilla!
efeitos visuais
Capitão América: O Soldado Invernal, Dan DeLeeuw, Russell Earl, Bryan Grill & Dan Sudick
Guardiões da Galáxia, Stephane Ceretti, Nicolas Aithadi, Jonathan Fawkner & Paul Corbould
Interestelar, Paul Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter & Scott Fisher
Planeta dos Macacos: O Confronto, Joe Letteri, Dan Lemmon, Daniel Barrett & Erik Winquist
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, Richard Stammers, Lou Pecora, Tim Crosbie & Cameron Waldbauer
A indicação de Capitão América: O Soldado Invernal foi uma bela surpresa. Três filmes com personagens da Marvel concorrem nesta categoria. Guardiões da Galáxia, pelo hype, é o favorito entre eles, mas vai ter que bater Planeta dos Macacos: O Confronto, que tem efeitos mais perceptíveis. A disputa vai ser boa. Interestelar e X-Men: Dias de um Futuro Esquecido devem ser coadjuvantes aqui. Faltou Godzilla!
documentário
CITIZENFOUR, Laura Poitras
A Fotografia Oculta de Vivian Maier, John Maloof & Charlie Siskel
Last Days in Vietnam, Rory Kennedy
O Sal da Terra, Juliano Ribeiro Salgado & Wim Wenders
Virunga, Orlando von Einsiedel
Life Itself, que chegou a ser considerado o favorito nesta categoria, não foi nem indicado. Os críticos gostam mais do Roger Ebert do que os membros da Academia. O caminho está livre para CITIZENFOUR, mas é bom lembrar que acontece muita surpresa aqui. Então, Virunga, A Fotografia Oculta de Vivian Maier e O Sal da Terra não devem ser totalmente ignorados.
Oieee, acho que vc colocou uma foto do Clint nos indicados a diretor!
Caro Lucio não desista de ser cinefilo. Favor alguém me diga por que os hermanos ( Argentinos) produzem filmes bons, já ganharam dois oscars e nós aqui em pindorama temos que suportar os Hoje eu Quero Voltar Sozinho e as famigeradas comedias sem pé e cabeça.
Grande abraço.
Desde que Fernanda Montenegro e Cate Blanchett perderam para a pseudoatriz Gwineth Paltrow e logo depois Julia Roberts tirou o prêmio da espetacular Ellen Burstyn em Réquiem para um sonho, vi que o Oscar é um prêmio comercial; não está preocupado em premiar a arte, os grandes autores, as obras e interpretações. E o que dizer de uma Reese apenas mediana levar a estatueta da Felicity Hoffman por Transamérica? E Crash ganhar de Brokeback Mountain? O Abutre para mim é excepcional, mas qualquer filme que se aprofunde em um tema forte é esnobado pelos senhores da academia. Bradley Cooper três indicações seguidas! Só não desisto do cinema americano porque sou fã de grandes atores e de vez em quando existem profissionais que transcendem em seus trabalhos de interpretação. Ufano demais esse prêmio.
Lucio não desista de ser cinéfilo. Alguém me diga por que os argentinos produzem filmes bons e enquanto aqui em pindorama temos que aturar o super estimado Hoje quero voltar sozinho e as famigeradas comédias sempé e cabeça.
Não vi todos os candidatos, mas gostei imensamente de GAROTA EXEMPLAR e penso que ele merecia mais indicações. O diretor fez um trabalho excelente e mesmo Ben Affleck está correto no papel.
Cara, dá uma revisada nesse texto. Em alguns pontos, chega a estar incompreensível. Abraços.
Ha muito tempo falo que o oscar é um prêmio esquizofrenico e contraditorio.Como uma academia indica um filme a melhor do ano com apenas uma indicação de canção para sustentar a indicação ao premio maior, caso de Selma e anos atrás isso aconteceu com Um Sonho Possivel. Outra coisa chata e que vai contra eles mesmos é indicar um filme estrangeiro ou animação a melhor filme e ai acaba com a graçã da disputa de filme estrangeiro e de animação.Colocam um ator negro para anunciar o premio de filme quando se tem 12 anos de escravidão disputando(não precisava nem abrir o envelope né!) Colocam uma mulher para anunciar melhor direção,quando tem uma diretora na disputa podendo entra na historia(não precisava nem abrir o envelope né!) Colocam três diretores aclamados para anunciar quem venceu em direção,quando se tem Martin Scorcese muitas vezes injustiçado(não precisava nem abrir o envelope né!).