Eu não sei e você? O fato é que chegamos a um ponto da corrida pelo Oscar em que as coisas de fato se embaralharam na categoria principal. A Rede Social continua como franco-favorito (é o “filme do ano”, o “filme do momento”, saudado pelos críticos, celebrado pelos guilds com muitas indicações), mas a dúvida é: esse filme tem cara de Oscar? Talvez não. Mas a tal “cara do Oscar”, essa tem mudado e muito.
Por uma lógica de tradição, O Discurso do Rei, longa inglês sobre um rei gago em forma de pequeno épico, teria o perfil exato de filme premiado no Oscar. Produção requintada, celebrada pela crítica, vários atores de respeito, história de nobreza (literalmente e indiretamente). Mas já faz algum tempo que esse tipo de filme tem fracassado na reta final do prêmio.
Olhe pra trás. No ano passado, Guerra ao Terror ganhou o Oscar de melhor filme. Um filme pequeno, contemporâneo, de guerra, sobre soldados, em tom documental, dirigido por uma mulher. Esse filme tem o perfil de ganhador do Oscar? Não se levarmos em conta o perfil que entrou no imaginário popular como o de vencedor. Mas o Oscar, de uns anos pra cá, resolveu se modernizar. Aos poucos, mas de uma maneira linear.
Em 2008, Quem Quer Ser um Milionário? derrubou O Curioso Caso de Benjamin Button, que atenderia muito mais aos padrões do Oscar, justamente num momento em que os Estados Unidos pareciam querer fazer as pazes com o mundo, pedindo perdão pelo impopular George W. Bush e suas guerras. Venceu Bollywood e o mundo globalizado. “A gente ama vocês também”, gritava a Academia.
Um ano antes, os irmãos Coen ganharam o prêmio em Onde os Fracos Não Têm Vez, um western contemporâneo, anti-climático, esquisito. Bateu Desejo e Reparação, drama de época baseado em autor celebrado e que já tinha ganho o Globo de Ouro. Os Infiltrados e Crash também versavam sobre tempos e temas atuais. Uma tendência? Talvez não de uma forma ostensiva, mas crescente.
É por essas e outras que eu ainda não vejo as coisas tão abaladas para o lado de A Rede Social. Nem por conta das 12 indicações de O Discurso do Rei. Quatro a mais que o filme de David Fincher. Quase todas eram esperadas ou eram possibilidades fortes: filme de época já se valida em várias categorias e com um elenco cheio de nomes respeitados, ganha bastante em corpo de indicações. Resultado: parece que está tudo no lugar certo. Por enquanto, parece que vai aparecer a opção “curtir” ao lado da tela no próximo dia 27.
mais Oscar 2011:
– Indicados em todas as categorias
– Reflexões sobre os indicados
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Flávio, dez filmes é demais, sim. Eu acho que deprecia o prêmio. Eu fico com 5 msmo, mas qual o problema com animação (desenho não)? As regras agora só permitem 2 canções, no máximo, por cada filme. Cisne Negro, acho impossível. Bravura Indômita pode acontecer, mas acho difícil.
Henrique, a categoria de trilha também difere bastante.
ENGRAÇADO É A CATEGORIA DE CANÇAO DO CLOBO DE OURO EM RELAÇAO AO OSCAR.EM 2009 A MUSICA DO FILME O LUTADOR GANHOU O GLOBO,MAS NEM FOI INDICADA AO OSCAR,
AGORA,SE EU NÃO ME ENGANO BURLESQUE FATUROU O PREMIO DA CRITICA ESTRANGEIRA ,SÓ QUE NO OSCAR TAMBÉM FOI ESNOBADO.
Não sei sua opnião chico,mas 10 filmes não é demais?Acho que sete no maximo tava bom.Tem outras coisas que não acho legal como:desenho para melhor filme,faz com a premiaçao para animaçao seja tão sem graça,as vezes eles indicam 3 canções de um mesmo filme,premiações por consolo exemplo de martin scorcese,Acabar com o misterio de quem vai ganhar como foi no caso do scorcese chamando copolla,clint e spielberg para anunciar o vencedor de direção(nem precisava anunciar pô) é uma das coisas que eles mais gostam de fazer, o desprezo para com os filmes estrangeiros é ridiculo! deixando esses defeitos de lado ,uma surpresa com cisne negro ou bravura indomita é impossivel chico?
Concordo contigo. Está difícil saber quem vai ganhar. Mas eu arrisco no A Rede Social, por enquanto, pois não vi a grande maioria.
Além do mais, ainda faltam muitos filmes para estrearem por aqui.
Um forte abraço.
É, Chico, mas não esqueça que “O Discurso do Rei” é dos Weinstein. Sei não, viu…
Eu creio que na era dos blogs e das redes sociais premiações centralizadas como o Oscar tendem a gradualmente cair na irrelevância. O Oscar é cada vez menos um formador-de-opiniões e cada vez mais uma previsível festa com mega-celebredades, onde o tapete vermelho conta mais que os resultados.
O Oscar parece ter perdido a capacidade de definir os rumos da indústria.
Pois é, mas, vendo bem, Rede Social tem mais fatores contrários à sua vitória que Guerra ao Terror, No Country e Slumdog. O filme da Bigelow não deixa de ser um filme de guerra, de gênero, além de ter tema polêmico que nunca havia recebido atenção da Academia antes; No Country em si é bizarro pros padrões do Oscar, mas tem elementos de um gênero clássico e os diretores já tinham um nome na premiação (fora consagração internacional há mais de décadas); e o Slumdog fazia sentido premiar pelos motivos políticos que você apresentou no texto. E o Rede Social? O tema pode ser moderno como o de Slumdog e o da Bigelow, mas talvez seja moderno até demais, “tecnológico” (a Academia não deixa de ser old fashion mesmo com os avanços), não tem o fator política como nos outros dois havia; fora que o Fincher é nome recente na Academia e não tão consagrado pra fazer o nome pesar (como deve ter acontecido com os Coens). O Discurso do Rei me parece uma escolha mais segura por não ter tantos fatores contrários… Enfim, vamos ver.