[em cartaz]
[soy cuba – o mamute siberiano ]
direção: Vicente Ferraz.
Soy Cuba – o Mamute Siberiano, 2005. Confesso que saí surpreendido do cinema. Durante quase toda sua duração, é um documentário de bastidor bem manjado, com os atores e técnicos do filme antigo explicando como foi isso e como foi aquilo. Tudo muito corretinho, tudo muito lugar comum. A narração do diretor, num tom nós resolvemos fazer isso, me incomodou um pouco, mas tudo muda nos vinte, vinte e cinco minutos finais. Quando o filme chega no momento histórico do lançamento do Soy Cuba original e toda aquela empolgação de mostrar o trabalho de toda aquela gente vai por água abaixo quando os cubanos não se vêem representados na tela, quando a decepção entra em cena. O filme tem uma virada surpreendente, com o clássico sendo atacado por todos, sendo considerado artificial, incompetente, perda de tempo. Mas Ferraz ainda prepararia um golpe final. Ele praticamente informa à maior parte de seus entrevistados que, alguns anos antes, o filme finalmente fora redescoberto pelas mãos de Scorsese e Coppola e havia ganho status de obra-prima. Então, diante do choque, muda tudo mais uma vez.
Pois é, ainda não assisti. Mas as cenas que conheço são fabulosas…
Eu fiquei louco pra ver o filme original. Tem em DVD numa locadora aqui perto.
Eu acho a história do filme original extremamente interessante, mas o documentário do Ferraz é muito convencional. É a diferença entre um documentário interessante e um documentário sobre um assunto interessante do qual falo no meu texto.