The Curious Case of Benjamin Button
David Fincher, 2008
David Fincher sempre dividiu opiniões, mas depois de Zodíaco parecia ter caído nas graças de um público inteligente e da crítica que odeia Clube da Luta. Tudo era novo: a narrativa, a câmera belíssima, a temática. Benjamin Button seria a prova dos nove. E Fincher passou no teste: sua adaptação do conto fantástico de F. Scott Fitzgerald foi reconhecida no Oscar (11 indicações) e terminou elogiada por quase todo mundo. Mas não é bem tudo isso. O diretor adota um tom que, se não cai no melodrama fácil, chega a ser apático em muitos momentos. O filme dura mais do que deveria e Brad Pitt nem fede, nem cheira.
Veredito: sem sal, mas tem seus momentos.
Changeling
Clint Eastwood, 2008
Basta Clint Eastwood ligar a câmera para chamarem seu novo filme de obra-prima. Às vezes, ele é (Gran Torino é, por exemplo). Outras vezes, está bem longe disso. A Troca não é um filme ruim, mas tem umas falhas imperdoáveis. A primeira é a montagem. As duas linhas narrativas funcionam bem, mas separadamente. Quando se juntam, enfraquecem. A cena mais importante do filme, em que um garoto revela a existência de um crime, simplesmente não funciona porque o menino é mal dirigido e não consegue dar credibilidade à sequência. Em outro momento, quando John Malkovich fala para Angelina Jolie, em boa performance, sobre a corrupção da polícia, o diálogo é ilustrado por uma “reconstituição” da ação dos policiais. Tipo assim, “Linha Direta”.
Veredito: básico, poderia ser melhor.
The Reader
Stephen Daldry, 2008
Alguém me explica o que é que esse O Leitor tem para ser “tão bom”, como muita gente acha? Eu saí do cinema certo de que vi um dramalhão de quinta, que ainda tem a audácia de querer ser um filme importante, se apoiando num tema que abala geral, o Holocausto. Melhor seria ter parado no soft porn dos primeiros minutos, mas Stephen Daldry resolve levar a fundo sua trama maniqueísta, abarrotada de clichês e com um pequeno grande mistério mais fácil de se descobrir do que o Geninho no final do desenho da She-ra. A cena final, que pretende encerrar o filme com chave de ouro, ajuda a afundar tudo. E Kate Winslet, convenhamos, está caricata e mal maquiada.
Veredito: sofrível.
Apenas o Fim
Matheus Souza, 2008
Ouvimos muita besteira sobre este Apenas o Fim. Será que citar o Super Mario Bros., a Vovó Mafalda e mais uns 7 quilos e meio de referências representa uma geração? Será que fazer um filme de D.R., todo no bate-papo, basta para ser comparado à nostalgia sóbria de um Antes do Pôr-do-Sol ou ao repertório de experiências dos filmes do Domingos Oliveira? Bem, o longa do Matheus Souza é imensamente simpático, fácil e gostoso de assistir, só não é a salvação do cinema nacional. No mínimo uma pausa para respirar e dar umas risadinhas.
Veredito: bonitinho, mas ordinário.
Slumdog Millionaire
Danny Boyle, 2008
Taí um filme que dividiu as opiniões. Uns vêem um filme maniqueísta, um romance piegas, água-com-açúcar, com montagem de videoclipe para cooptar que vê muita televisão e dono de uma temática étnica oportunista. É uma visão exagerada, mas mais exagerada ainda é a opinião daqueles que acham que este filme uma pequena obra-prima, a primeira do mundo globalizado, com a Índia infestando Hollywood, uma odisséia de bom coração pronta para conquistar pela simplicidade, pureza e “fé”. É um trabalho, sim, agradável de se assistir, competente como entretenimento, mas raso, bobo, e, apenas, bonitinho – e não passa disso. Não merecia nenhum dos inacreditáveis oito Oscars que ganhou, apesar de que não há pecado algum em se fazer uma love story pop, né?
Veredito: não era pra tanto.
Mais do mesmo no meu twitter.
Ao contrário do que escrevi anteriormente, apenas uma ressalva: Eu concordo com seu veredicto em “Quem quer ser um milionário?” e “Apenas o fim” os outros 3 eu discordo veementemente, são excelentes filmes, principalmente Benjamin Button.
Abraços!
Ah, um recado ao Humberto, o blog é escrito pelo Chico, ele nao precisa ser crítico de cinema pra dizer o que pensa, nem eu nem ninguém, mas eu prefiro dizer o que penso, independente de estar certo ou errado, do que concondar cegamente com quem acha que dita o que é bom ou o que é ruim, te lembra que os juizes “perfeitos” do oscar, já deram o “melhor filme” ao “grandioso” Rock-o lutador. Aprende a ter opinião rapaz.
Com exceção do filme brasileiro e do “Quem quer ser um milionário?” (filme nota 6), eu concordo com seu veredicto.
Quanto aos 3 primeiros pegou pesado, porque são excelentes filmes, principalmente Benjamin Button, sútil, sensível e comovente. Não é piegas, basta ter coração e sensibilidade para compreendê-lo, nota 10. Não adoro Pitt mas gostei de sua interpretação, assim como da maravilhosa fotografia. A história, apesar de ficcional é fantástica.
Estranhei a crítica aos 3 primeiros filmes, que foram considerados dos melhores do ano (assino em baixo).
Gosto não se discute, mas existem filmes que eu pessoalmente não gosto mas sei reconhecer seus méritos.
A única injustiça do ano por parte da Academia foi ter esquecido “Gran Torino”, que na minha opinião deveria ter entrado no lugar de “Quem quer ser um milionário?”.
Abraço a todos os cinéfilos.
De todos os filmes citados sem dúvida o pior é “Quem quer ser um milionário”. Inacreditável o mau gosto…
Concordo em grande parte com o chico, mas acho que “Quem quer ser um milionário” merece, sim, o mérito, não por ser uma obra-prima, é claro que não é, mas pelo fato que não tinha nada melhor. 8 oscars é nível de titanic e senhor dos aneis (não vou entrar no mérito se esses tb mereciam ou nao, mas foram mega produções), mas o que deixa o “QQSUM” tão agraciado é o fato dele ser um filme simples, sem muitos 9 horas, mas que te prende frete a tela, benjamim button deve ter sido 3 vezes mais caro e me deu vontade de ir dormir (depois de vomitar, rsrsrs), morno e sem graça, mas aclamadíssimo sem explicação alguma. Acho que o milionário não seria pra tanto se nao estivesse competindo com uma safra fraca e sem a principal essência de um filma, a capacidade de cativar quem o assiste.
assisti Apenas o Fim na estreia gratuita em São Paulo, ainda bem porq se tivesse pagado iria querer meu dinheiro de volta…. não que o filme seja péssimo, mas o thriler é que foi muito bom mostrando que era “a historia sobre relacionamento”… mas foi patético, nao ri nao chorei nada… nem fiquei pro debate porq a voz da Madder é irritante…
Ah o filme do Brad Pitt, é bom sim!
Foram 3 horas[eu acho] que para mim ainda foi pouco
e A troca eu esperava MUITO MAIS por ter a Angelina Jolie…mas é fraco, não intendi metade da história isso porque eu assisti 3 vezes.
O resto nem me interesso ver
Humberto, quantidade de Oscar não quer dizer nada.
Titanic ganhou quantos mesmo?
Pessoal, eu concordo plenamente em relação ao curioso caso de benjamin Button, não detestei o filme, mas enrolaram demais, criaram um filme longo, massante, enquanto a proposta é super legal….
Chico Fireman (quem?)
kkkkkkkkkkk……
concordo com Humberto…