O cineasta Luiz Villaça volta a se reunir com a mulher, a atriz Denise Fraga, no cinema. Três anos depois de Por Trás do Pano, o desastre se multiplica. Cristina Quer Casar é uma grande bobagem. Um filme que quer ser bonitinho, engraçadinho e sensível, mas que não passa o limite do parco. O texto, desprovido de graça, anda em círculos e nada mais faz do que cristalizar personagens-clichê, frases feitas e situações constrangedoras, de tão previsíveis. Não há atuações, há crianças sem talento lendo textos.
Fábio Assunção às vezes é engraçado; nada que se sustente por muito tempo. E há Denise Fraga, que é uma boa atriz, mas insiste em interpretar estereótipos de si mesma (ou do que querem que achemos que seja ela). O mais impressionante é ver que o roteirista de Central do Brasil é um dos escritores envolvidos no projeto, que tem tudo para agradar que se contenta com o humor (ou falta dele) de uma novela das sete. Não chega nem a ser um rascunho. E o pior: nem existe essa intenção.
Cristina Quer Casar
[Cristina Quer Casar, Luiz Villaça, 2003]