Pai e Filho
As imagens parecem ser a preocupação primeira do cinema do russo Aleksandr Sokurov. A polêmica cena que inaugura este filme, a insinuação do incesto, é de uma beleza ímpar, construída a partir de uma câmera tão colada aos corpos que os movimentos deturpam texturas e inventam novas plasticidades e significados. […]
[cafundó]
[misticismo e obviedade] Diante de uma produção cinematográfica tão diversificada quanto cheia de pérolas, é estranho – e lamentável – se deparar com um filme como Cafundó. Os últimos filmes brasileiros de que eu não gostei pecam pelo excesso ou pela falta de impacto, este aqui é pior: é um […]
[mostra]
[mostra – lista final?] Recebi por email uma megalista que seria a de filmes já confirmados para a Mostra de Cinema de São Paulo. Se alguém quiser que eu encaminhe o material, deixe recado aí.
Dália Negra
Há aqueles que dominam o texto, que são geniais com os atores, que sabem contar uma história como ninguém, mas os cineastas que se dedicam de verdade ao cinema não são tantos. Brian De Palma é um dos maiores cineastas realmente cinematográficos. Durante toda duração de Dália Negra, esta certeza […]
[festival do rio – repescagem]
[festival do rio – repescagem] [um longo caminho ]direção: Zhang Yimou. Qian Li Zou Dan Qi, 2005. Os filmes de artes marciais fizeram Zhang Yimou pesar a mão. Este melodrama convencional tem seus belos momentos, mas eles são ofuscados por um didatismo de direção e roteiro bastante incômodos. A simplicidade […]
[festival do rio – repescagem]
[festival do rio – repescagem] [a scanner darkly ]direção: Richard Linklater. A Scanner Darkly, 2006. O texto de Philip K. Dick dá consistência à animação de Linklater, o que faltava em Waking Life (2001), que muitas vezes parecia ter um discurso vazio, embora eu goste do filme. Pode ser assimilado […]
[c.r.a.z.y.]
[em cartaz] [c.r.a.z.y. ]direção: Jean-Marc Vallée. C.R.A.Z.Y., 2005. O cuidado com a trilha e a direção de arte, muito limpa, às vezes, não se reflete no filme como um todo. C.R.A.Z.Y. é, em geral, bastante simpático, mas não passa de um prato requentado que já chegou muito às nossas mesas. […]
[menina má.com]
[em cartaz] [menina má.com ]direção: David Slade. Hard Candy, 2006. Vou tentar explicar rapidinho porque Menina Má.com (por sinal, que título risível!) é o pior filme do ano: primeiro, ele cria uma protagonista absolutamente irreal e incoerente. A mocinha Ellen Page até que segura a onda da interpretação, mas sua […]
O Tempo que Resta
O maior acerto de François Ozon é não ter feito um filme que busca redenção ou piedade. A doença que consome a personagem de Melvil Poupaud aparece em segundo plano para dar espaço a uma busca do protagonista pela memória. Fotógrafo, Romain conhece o poder do registro e é isso […]
[festival do rio – boletim 4]
[festival do rio – boletim quatro] [fora do jogo ]direção: Jafar Panahi. Offside, 2006. A meu ver dá um novo vigor ao recente cinema iraniano que andava meio inerte depois de alguns surtos de criatividade. Panahi faz um filme sobre futebol – ou melhor, sobre o amor ao futebol – […]