Alfie, o Sedutor (2004), de Charles Shyer.

Fica bem aquém do original com Michael Caine, mas não chega a ser ruim. O recurso de conversar com o espectador não funciona mais tão bem quanto no filme dos anos 60. Jude Law está bem, mas a comparação com Caine, inevitável, deixa sua performance menos atraente. As garotas de Alfie estão todas muito bem, sem destaques. Mas Alfie, mesmo metrossexualizado para o século 21, não encontra mais muito espaço. Parece velho, ultrapassado, gasto.

O Assalto (2001), de David Mamet.

Funciona menos como filme de golpe e mais com estudo comportamental, área de atuação bem cara ao diretor. A resolução da trama recorre a reviravoltas cansativas e pouco satisfatórias. O que sobra é a relação entre Gene Hackman e seu grupo e entre Hackman e o mundo. Os diálogos são bons, o roteiro busca explorar situações que raramente surgem em filmes do gênero.

O Galante Mr. Deeds (1936), de Frank Capra.

Um Capra bem clássico: homem simples contra o mundo feroz. Gary Cooper, irrepreensível, entre a doçura e simplicidade. O cara interpretava com o olhar; impressionante. Capra constitui uma fábula moderna (para a época), situando historicamente seu filme (que se passa logo após o crack da bolsa de Nova York). O diretor tem uma capacidade única para dar uma aura mágica a suas histórias de exaltação pessoal. É a mão do cineasta que transforma isso aqui num belo filme.

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