O Amor Segundo B. Schianberg
[O Amor Segundo B. Schianberg, Beto Brant, 2009]
O novo filme de Beto Brant é, como o próprio diretor anunciou na sessão, uma edição do material rodado por ele como uma série de TV. Livremente inspirado num personagem secundário de um livro de Marçal Aquino, o filme acompanha a relação entre um ator e uma videasta e suas percepções do mundo, do amor, da vida. O material começa bastante interessante, com os personagens tentando entender o mundo em sua volta, num discurso livre e soluções visuais inventivas para compensar o fato do filme ter sido todo rodado com câmeras de segurança (a definição da imagem e do som é bem ruim). No entanto, rapidamente o filme assume sua persona “artista” e, numa tentativa de ser um trabalho de autor, acaba com um discurso ingênuo e, às vezes, vazio.
Coco Chanel & Igor Stravinsky
[Coco Chanel & Igor Stravinsky, Jan Kounen, 2009]
Um filme surpreendente de certa forma. Kounen trabalhou com um recorte específico, a relação entre Chanel e Stravinsky (o filme só foge dessa clausura na sequência em que a estilista vai aprovar a fragrância de seu perfume). Embora pareça limitador, esse terreno fechado faz o material crescer. O diretor tem uma habilidade inegável em administrar tensões (usando muito bem a música de Stravinsky e a trilha original de Gabriel Yared), sobretudo na sequência da apresentação, logo no início. O que faltou ao filme foi uma protagonista mais expressiva do que Anna Mouglalis.
Antes que o Mundo Acabe
[Antes que o Mundo Acabe, Ana Luiza Azevedo, 2009
Extremamente simpático é o melhor que se pode dizer do primeiro longa de Ana Luiza Azevedo. É tudo que a fragilidade dramática do filme permite. É visível – e incômodo – como o roteiro e montagem tentam emular a multi-referenciação pop dos filmes de Jorge Furtado, co-autor do roteiro, mas não têm o mesmo frescor de um O Homem que Copiava, por exemplo. Nem o frescor, nem a capacidade de encenação. Os adolescentes, embora se esforcem, são muito fracos e os diálogos – e a áté a narração da irmãzinha, que deveria ser o “personagem fofo” do filme – soam artificiais.
Luisa
[Luisa, Gonzalo Calzada, 2009]
O filme de Gonzalo Calzada parte de um plot interessantíssimo: a protagonista, que vive reclusa, perde no mesmo dia seu gato e os dois empregos. Mas o que poderia ser um olhar interessante sobre os mecanismos da solidão, mesmo em tom de comédia, apela para um humor insólito que remete a alguns filmes independentes americanos melancólicos e, na maioria das vezes, não funciona muito. Mesmo Leonor Manso, que começa o filme com uma performance notável cai na obviedade e fica por lá mesmo.
O Dia da Transa
[Humpday, Lynn Shelton, 2009]
Outro filme que começa mais interessante do que termina. Não necessariamente pelo que acontece ou deixa de acontecer, mas porque não sustenta um discurso de forma equilibrada. A diretora usa a fórmula do filme de bate papo para dar um ar inteligente ao longa. Consegue alguns bons momentos, mas não resolve muita coisa. Os três atores principais, sobretudo Mark Duplass, têm boa presença.
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Outros filmes do festival: 35 Doses de Rum, (500) Dias com Ela, Abraços Partidos, Aconteceu em Woodstock, Amália, Amreeka, The Bad Liutenant: Port of Call, New Orleans, Barba Azul, Uma Barragem contra o Pacífico, Boogie, Brilho de uma Paixão, A Casa Nucingen, Cornucópia, A Criada, Distante Nós Vamos, Distrito 9, Doce Perfume, An Englishman in New York, Erótica Aventura, Eu Matei a Minha Mãe, Eu, Ela e Minha Alma, A Física da Água, Hotel Atlântico, Insolação, Julie & Julia, Lake Tahoe, London River, Marching Band, Mommo, Mother, Nova York, Eu Te Amo, Pequeno Soldado, Politist, Adjectiv As Praias de Agnes, O Rei da Fuga, Ricky, Singularidades de uma Rapariga Loura, Viagem aos Pirineus, Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, Vincere.
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