O maior acerto de François Ozon é não ter feito um filme que busca redenção ou piedade. A doença que consome a personagem de Melvil Poupaud aparece em segundo plano para dar espaço a uma busca do protagonista pela memória. Fotógrafo, Romain conhece o poder do registro e é isso o que ele faz para guardar seus momentos, suas pessoas, sem drama, sem pieguice. Registra inclusive sua possibilidade de continuar vivo mesmo que ninguém saiba, que ninguém a conheça. Não há luta, não há confronto. Há apenas o sol se pondo e a certeza de que algo ficou.
O Tempo que Resta ½
[Le Temps qui Reste, François Ozon, 2005]
Eu gostei muito do filme, mesmo só tendo dado três estrelas.
Por enquanto o filme só perde para O Novo MUndo nos melhores do ano para mim, dei 5 estrelas facilmente. Legal que entre os filmes do festival, deu tempo para acompanhar esse. Para mim o Ozon está melhorando a cada trabalho. Abraços!
E só ficaram três estrelinhas? Puxa…