[do acervo]
[com a maldade na alma ]
direção: Robert Aldrich.
Hush… Hush Sweet Charlotte, 1964. A fotografia é a grande estrela deste filme de terror de Robert Aldrich. Mesmo quando é exagerado e grandioso, o trabalho de Joseph F. Biroc é genial, nos enquadramentos, na movimentação da câmera e dos atores e, sobretudo, na iluminação. Aldrich, que dois antes antes tinha dirigido outro terror psicológico com Bette Davis, O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, mais uma vez acerta no clima claustrofóbico e insano, cheio de momentos lúdicos e de horror explícito, quase gore. A montagem e a trilha incômoda ajudam a reforçar o tom. Desta vez, no lugar de da irmã Joan Crawford, uma elegantíssima Olivia De Havilland, perfeita como a prima distante, diante de Bette Davis quase exagerada (mas ela é espetacular mesmo quando é over).
Com Bette Davis, Olivia De Havilland, Joseph Cotten, Agnes Moorehead, Mary Astor, Victor Buno, Cecil Kellaway, Bruce Dern e George Kennedy.
O primeiro filme P&B que assisti e que me fez ver que filmes podiam ser vistos dessa forma foi “O que terá acontecido a Baby Jane?” com as fantásticas Bete Davis e Joan Crawford. Saiu agora pela fox esse exemplar de Grand Guignol feito por exelentes atrizes, especialmente Bete Davis que em uma cena na escada, a câmara focaliza seu rosto contorcido com os olhos se envergando mostram como essa grande atriz tinha o poder de cativar o público com sua arte. Enchergamos a anatomia e as víceras dessa atriz. Adiquiri o DVD e fiquei anestesiado com o excesso de Aldrich que tinha uma singular capacidade de apresentar o macabro de uma maneira especialmente elegante. Quanto ao Gore ele é bem explicito nas cenas iniciais e da suposta imaginação da personagem.
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A Agnes concorreu ao Oscar, mas eu acho que quem merecia a indicação era a Olivia, ótima.
A trama não traz grandes surpresas, mas é ótimo ver Bette Davis e Olivia de Havilland, ambas reforçando/revertendo seus estereótipos. Moorehead está irreconhecível e fantástica.