Eu que Amo Você ½, Olga Stolpovskaya
Filme visto no Mix Brasil. Bombinha russa travestida de filme inteligente. O clima é daquelas comédias alemãs contemporâneas tipo Doris Dörrie. Apela para elementos mágicos e amalucados e não chega a lugar nenhum.
Garoto Propaganda , Zack Tucker
Típico exemplo dos malefícios que a câmera digital tem trazido. Segundo e último filme visto (até a metade, onde foi possível suportar) no Mix Brasil. A estrutura é de um filme erótico, com uma entrevista como ponto de partida para flashbacks. Alguns com sexo, outros com uma tentativa tosca de se tornar cult. Serviu para ver Karen Allen, a heroína do primeiro Indiana Jones, bem envelhecida e perdida no tempo e no espaço.
Lado Selvagem , Sebastien Lifshitz
Um grande filme visto numa pré-estréia em São Paulo. O diretor consegue a tarefa difícilima de equilibrar extrema sensibilidade com cenas fortes, sem se render a clichês e panfletarismo. A história do travesti que leva os dois namorados para cuidar da mãe moribunda é muito bem narrada (toda em flashback), profunda e nunca óbvia.
Spartan ½, David Mamet
Tem seus momentos, mas a mente maquiavélica de David Mamet abusou desta vez. Com a desculpa de revirar a trama e, conseqüentemente, invadir os meandros da política norte-americana, fzendo um raio-x em seus personagens, Mamet gastou tempo demais no militarismo e deixou seu filme chato e pouco instigante. A parte final, a melhor, salva o resultado, mas não garante uma média boa. Val Kilmer está muito acima da média.
O Clã das Adagas Voadoras ½, Zhang Yimou
Depois do absolutamente fake Herói, Zhang Yimou finalmente acerta a mão ao voltar ao universo das artes marciais e da história da China. Se o filme anterior apelava para a abstração visual para conquistar um público de gigantes, agora o foco é numa pequena história, bem contada e com efeitos menos espetaculares e mais críveis. Infelizmente, depois de O Tigre e o Dragão, nada mais é novidade.