OS MELHORES E PIORES DO SEMESTRE: RESULTADOS
A batalha terminou e, no fim, sagrou-se o campeão. Depois de uma semana de votação, com a participação de 38 eleitores, este é o resultado da enquete dos melhores e piores do semestre:
Os melhores
1 Kill Bill: Vol. 1, de Quentin Tarantino (29 votos) (8 primeiros lugares)
Quentin Tarantino preenche a lacuna de mais de seis anos com uma história de vingança temperada pelo kung fu e faz seu filme com melhor acabamento visual e técnico. Mais uma vez, um delicioso encontro com a cultura pop;
2 Dogville, de Lars Von Trier (24 votos) (5 poles)
Entre o amor e o ódio dos espectadores, o dinamarquês namora com teatro – e com a noção de tempo-espaço – e investiga os limites do ser humano e da sociedade ocidental;
3 Encontros e Desencontros, de Sofia Coppola (23 votos) (5 poles)
O filme de amor sem carne da filha do poderoso chefão vaga pela noite solitária de Tóquio e pela cumplicidade de um sussurro acompanhado de um veterano no auge do talento e da melhor jovem atriz dos últimos tempos;
4 Elefante, de Gus Van Sant (19 votos) (7 poles)
A porrada de Gus Van Sant em sua investigação particular sobre o massacre em Columbine é um exemplar trabalho de manipulação da linguagem cinematográfica; da montagem que acompanha personagem a personagem até o roteiro que não se atém a dar explicações, quase tudo é perfeito no filme;
5 Diários de Motocicleta, de Walter Salles (19 votos) (2 poles)
A saga do jovem Che Guevara pela América do Sul abusa do estereótipo do então futuro líder revolucionário, mas cai nas graças do espectador com sua leveza de diário de viagem;
6 Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas, de Tim Burton (17 votos) (2 poles)
Tim Burton fica tímido ao tratar dos limites entre fantasia e realidade, mola-mestra de toda a sua obra. Seu filme quase metafórico, no entanto, é honesto ao falar da nostalgia de memórias inexistentes;
7 21 Gramas, de Alejandro Gonzalez Iñarritú (16 votos) (2 poles)
A estréia em solo americano do diretor mexicano esfarela a narrativa para tentar compor um mosaico inovador. Melhor centrar a atenção nos personagens bem construídos pelo trio de protagonistas;
8 Shrek 2, de Andrew Adamson, Vicky Jenson e Kelly Asbury (15 votos) (dois terceiros lugares)
A continuação do filme que destrói dos contos de fada é tão boa quanto o primeiro e se tornou um destruidor de bilheterias. Destaque para o tratamento do roteiro e a interpretação vocal de Antonio Banderas como O Gato de Botas;
9 Escola de Rock, de Richard Linklater (13 votos) (4 quartos lugares)
O filme mais carinhoso da lista é uma declaração de amor ao rock, travestido de filme para crianças. Um maravilhoso trabalho de transposição do universo da música para uma escola primária, onde a lição é entender porque amar o rock;
10 As Bicicletas de Belleville, de Sylvain Chomet (11 votos)
Uma animação francesa com traços esquisitos, personagens esquisitos e roteiro esquisito: o público gostou;
na corrida:
11 Swimming Pool – À Beira da Piscina, de François Ozon (10 votos; 3 quintos lugares)
12 O Prisioneiro da Grade de Ferro, de Paulo Sacramento (9 votos)
13 Cazuza – O Tempo Não Pára, de Walter Carvalho e Sandra Werneck (8 votos; 2 segundos lugares)
14 Mestre dos Mares: o Lado Distante do Mundo, de Peter Weir (8 votos) (1 segundo lugar)
15 A Paixão de Cristo, de Mel Gibson (6 votos; 1 segundo lugar)
16 Terra de Sonhos, de Jim Sheridan (6 votos; 1 quarto e 2 quintos lugares)
17 Madrugada dos Mortos, de Zack Snyder (6 votos; 1 quarto e 1 sétimo lugares)
18 Alguém Tem Que Ceder, de Nancy Meyers (5 votos; 2 poles)
19 Filme de Amor, de Júlio Bressane (5 votos; 2 terceiros lugares)
20 Na Captura dos Friedmans, de Andrew Jarecki (5 votos; 1 terceiro e 1 sexto lugar)
Os piores
1 A Paixão de Cristo, de Mel Gibson (9 votos; 1 primeiro lugar)
Arrogância e maniqueísmo fizeram o líder da lista de piores. Mel Gibson espanca e chicoteia seu próprio deus para mostrar que é um homem de fé;
2 Ken Park, de Larry Clark e Ed Lachman (7 votos; 4 poles)
Em sua sucessão de tentativas de mostrar a juventude perdida, Larry Clark resolve apelar – mais uma vez – e suja a tela de substâncias viscosas;
3 Tróia, de Wolfgang Petersen (6 votos; 2 poles)
Duas horas e meia de saco cheio e deturpações históricas (ou lendárias, no caso); Brad Pitt e Orlando Bloom no auge da falta de talento;
4 Sexo, Amor & Traição, de Jorge Fernando (6 votos; 1 segundo lugar)
O diretor de novelas tenta fazer graça com atores globais no cinema e não passa do lugar comum e das piadas velhas;
5 O Vestido, de Paulo Thiago (5 votos; 4 segundos lugares)
Carlos Drummond e o fim do túnel… sem luz.
na corrida:
6 Van Helsing – Caçador de Monstros, de Stephen Sommers (5 votos; 1 pole)
7 Dogville, de Lars von Trier (4 votos; 2 poles, um segundo e 1 terceiro lugares)
8 Revelações, de Robert Benton (4 votos; 2 poles, um segundo e 1 terceiro lugares)
9 A Cartomante, de Wagner de Assis (4 votos; 2 poles, um terceiro e 1 quarto lugares)
10 Encantadora de Baleias, de Niki Caro (4 votos; 1 pole)