Depois de ganharem a Palma de Ouro em Cannes com Rosetta (99), os irmãos Dardenne atacan com o drama psicológico O Filho. Ninguém entende os meandros da mente humana, mas os Dardenne se propõem a investigá-la, acompanhando a história do homem cujo filho foi morto por outro adolescente, que vira seu alvo da forma que menos se espera. A trama não consegue se sustentar. Soa irreal e o personagem central, pouco autêntico (mesmo assim rendeu um prêmio de melhor ator em Cannes para Olivier Gourmet). A sensação é de que o mergulho psicológico dos Dardenne deu de cabeça na pedra – na costa do Atlântico europeu existem muitas rochas… O mal estar maior, que parece ser um dos objetivos dos irmãos com seu filme, é tentar justificar a vingança, seja de que forma for, disfarçadamente, acovardadamente. Será que existe justificativa para a morte?

O Filho
Le Fils, França, 2002
Direçãoe Roteiro: Jean-Pierre e Luc Dardenne.
Elenco: Olivier Gourmet, Morgan Marinne, Isabella Soupart, Nassim Hassaïni, Kevin Leroy, Félicien Pitsaer, Rémy Renaud, Annette Closset, Fabian Marnette, Pierre Nisse, Stephan Barbason, David Manna, Abdellah Amarjouf.
Produção: Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne e Denis Freyd. Fotografia: Alain Marcoen. Direção de Arte: Igor Gabriel. Edição: Marie-Hélène Dozo. Figurinos: Monic Parelle.

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