O Amante da Rainha (Dinamarca), Nikolaj Arcel
Amor (Áustria), Michael Haneke
Expedição Kon-Tiki (Noruega), Joachim Rønning & Espen Sandberg
A Feiticeira da Guerra (Canadá), Kim Nguyen
No (Chile), Pablo Larraín
Amor, de Michael Haneke, o duro retrato do ocaso de um casal, é uma das maiores unanimidades do ano. Pelo menos no mundo dos prêmios de cinema. Dificilmente o longa vai perder na categoria em que é favorito. Em outros anos, o dinamarquês O Amante da Rainha, melodrama bem dirigido, de nobreza iluminista, que segue algumas fórmulas que a Academia adora, poderia representar uma ameaça, mas o filme de Haneke não perdeu nenhum grande prêmio nesta temporada. E, além de filme estrangeiro, está indicado nos quesitos de filme, direção, atriz e roteiro original, o que o deixa praticamente imbatível. No, ótimo relato documental de Pablo Larraín sobre o plebiscito que destronou os militares no Chile, também tem algum respeito e um porta-voz importante na pele de Gael García Bernal, mas não teve o alcance necessário. O norueguês Kon-Tiki, guarda a curiosidade de ser a dramatização da história real que virou um documentário vencedor do Oscar (em 1950), mas a realização convencional não empolgou e chega sem fôlego à reta final. A Feiticeira da Guerra materializa os fantasmas dos conflitos africanos com certa dose de maniqueísmo e não deve assustar ninguém.
Quem ganha: Amor (Áustria), Michael Haneke
Quem ameaça: nenhum candidato
Quem merece: No (Chile), Pablo Larraín
Quem faltou na lista: O Palhaço (Brasil), Selton Mello
Acho que vão compensar Haneke por causa de “O Segredo de Seus Olhos”.
É mais um ponto, Patrícia.