[na TV]
[a sete palmos ]
criação: Alan Ball.
Six Feet Under, 2001-2005. Acabei de assistir, emocionado, ao último episódio da última temporada de A Sete Palmos, no HBO. E, correndo sempre o risco de pecar pelo excesso, hoje eu diria que esta foi a melhor série de TV a que eu tive o prazer de assistir, bem melhor do que a ótima Lost, por exemplo, cujos atrativos são muitos – e muito ligados a sua natureza de suspense. Aqui, a questão é ousadia e qualidade. Para começar, um tema original, os bastidores de uma funerária familiar, e um texto, que mesmo com a troca de roteiristas se manteve irônico e estranhamente coeso do começo ao fim. Segundo: personagens muitíssimo bem construídos, sempre sujeitos a situações inesperadas que geravam comportamentos ainda mais surpreendentes. Todos, absolutamente todos, riquíssimos, tanto devido ao texto afiado quanto ao talento dos atores envolvidos, com especial atenção para Rachel Griffiths, num dos papéis mais difíceis, e para a maravilhosa Frances Conroy, uma deusa.
O que sempre mais me impressionou em A Sete Palmos é justamente como a série se manteve no limite do kitsch, flertando tão descaradamente com o jocoso e com os fantasmas. Fantasmas interiores e fantasmas de verdade, que conversam com as personagens, que fazem parte de suas vidas. Ao conseguir manter esse namoro com o tema sempre tão presente e de forma tão natural, a série fugiu completamente de classificações medíocres, sejam céticas ou espirituais. É uma obra à parte, sem parentes próximos, o que é engraçado em se tratando de uma série sobre família. O episódio final da temporada final laça todas as pontas de uma maneira brilhante através do que cerca e aproxima todos os membros da família Fisher e seus agregados. A última seqüência, linda, protagonizada por Lauren Ambrose, é perfeita, emocionante, e tem a mesma beleza esquisita de sempre.
Que vão em paz… e venham nos visitar quando quiserem.
Com Peter Krause, Michael C. Hall, Frances Conroy, Lauren Ambrose, Rachel Griffiths, Mathew St. Patrick, Freddy Rodríguez, Richard Jenkins, Jeremy Sisto, Justina Machado, James Cromwell, Kathy Bates, Kendre Berry, C. J. Sanders, Tina Holmes, Brenna e Brownyn Tosh, Patricia Clarkson, Chris Messina, Joanna Cassidy, Lili Taylor.
Só assisti à primeira temporada, estou ansiosa pra ver a segunda. Muito bem-feita, a Brenda de Rachel Griffiths me conquistou.
É uma das séries que tenho mais vontade ver, mas só encontro a segunda TEMP. para alugar. Só ouço elogios a respeito.
Comecei a ver a segunda temporada ontem.
Rsrsrs… ainda bem que não sou a única pessoa esquisita nesse mundo! Adoro a série! E acho o clima mórbido a minha cara! Rsrsrsrs
Ê presente baum, Junior.
A Frances Conroy merecia um grande papel no cinema para ganhar o Oscar, Marcelo.
Roger, eu já acho diferente: a série me deixa bastante feliz.
Ailton, se apresse.
Wallace, vc não sabe o que tá perdendo.
Chico, de longe, minha favorita também. Me dei de presente as quatro temporadas e tô na espera da quinta. Ontem quando terminou me deu um nó. E teu texto, é muito bom.
Só vi a primeira temporada, em DVD, e é mesmo maravilhosa (“Lost” não chega aos pés em termos de inteligência, sensibilidade, ousadia e profundidade _sem querer fazer trocadilho, hehehe). A Frances Conroy é mesmo brilhante. Sem spoilers, por favor!
Calma, ainda to na segunda… e sempre preciso de doses extras de otimismo pra assistir a cada episodio, correndo o risco de entrar em depressão profunda.
Só vi as duas primeiras temporadas, Chico. Mas gosto pra caramba dessa série. Tenho que correr atrás das outras.
A Sete Palmos é uma série que quero conhecer, até hoje só ouvi falar. Mas agora fiquei mais curioso ainda, já que você a considerou melhor que Lost …