NATIONAL GEOGRAPHIC EM NOVENTA MINUTOS
Filme africano interessa mais como uma pequena aula de história
![](http://www.frameonline.it/FotoRecensioni/adanggaman3.jpg)
No início, uma história de amor proibido. Filho do chefe de uma aldeia africana no final do século XVI se apaixona por uma escrava e desperta reações contrárias na família. Os minutos iniciais não são mais que vinte e, assim como a locação das primeiras cenas, a história de amor não resiste ao ataque de cruéis guerreiras amazonas (sim, elas existiram e eram bem violentas) e o filme se torna um didático registro sobre como funcionava a participação dos reis de tribos africanas no tráfico de escravos negros para fora do continente-mãe. Sob esse aspecto, o filme parece um daqueles vídeos da National Geographic em versão história da escravatura, o que não é de todo ruim. A trama, costurada a partir das informações repassadas através dos séculos sobre os personagens (nem todos devem ser reais), é ingenuamente dirigida e interpretada. Mas o amadorismo de Adanggaman, nome do rei negro, que é o maior vilão do filme, é até charmoso. Sua tentativa de denúncia e registro histórico é um válido exemplo de como o cinema pode servir para resgatar a memória coletiva.
ADANGGAMAN
Adanggaman, França/Suíça/Costa do Marfim/Burkina Fasso/Itália, 2000.
Direção: Roger Gnoan M’Bala.
Roteiro: Jean-Marie Adiaffi, Bertin Akaffou e Roger Gnoan M’Bala.
Elenco: Rasmane Ouedraogo, Albertine N’Guessan, Ziable Honoré Goore Bi, Bintou Bakayoko, Nicole Suzis Menyeng, Mireille Andrée Boti, Tie Dijian Patrick,Lou Nadège Blagone, Anastasie Tode Bohi, Didier Grandidier, Mylène-Perside Boti Kouame.
Fotografia: Mohammed Soudani. Montagem: Monica Goux. Direção de Arte: Jean-Baptiste Lerro. Música: Lokua Kanza. Figurinos: Aissatou Traore. Produção: Tiziana Soudani.
nas picapes: Amapola, Ennio Morricone