Episódio 1
Episódio 2
Episódio 3
Episódio 4
Oportunidade inédita: ver no cinema, embora a projeção tenha sido em DVD, os dez episódios da série Decálogo, que Krzystof Kieslowski dirigiu para a TV polonesa com base no dez mandamentos. A maior qualidade do material é como as histórias que Kieslowski e seu parceiro de muito, Krzystof Piesiewicz, conseguem não ser apenas leituras dos mandamentos, mas terem força independente da religiosidade dos envolvidos. O primeiro episódio, inspirado em Amar a Deus sobre Todas as Coisas, é o mais cruel e o mais cristão. Embora seja o que mais se renda ao conceito de culpa, tem uma estrutura de roteiro tão boa que está entre os melhores. A cena do garotinho assistindo a aula do pai é um exercício em busca do plano perfeito. Os episódios dois e três, têm soluções inteligentes, mas não vão muito além disso. O quarto, que seria Honrar Pai e Mãe, é bem ousado ao discutir a proximidade do incesto e cria um labirinto bem interessante para se chegar ao final.
Episódio 5
Episódio 6
Episódio 7
Episódio 8 ½
O quinto e o sexto episódios são dois dos melhores. Não é à tôa que foram refilmados em longa-metragem (os originais têm pouco menos de uma hora) por Kieslowski como Não Matarás e Não Amarás. Sempre achei belíssimos os dois filmes, mas pendia mais para o primeiro, que talvez tenha a cena de brutalidade que mais me abalou no cinema, mas, desta vez, fui arrebatado pelo segundo, cuja cena da revelação quase me derruba no CCSP. Os episódios parecem muito com os longas, o que me fez questionar se eles realmente foram refilmados ou apenas remontados. Ambos, maravilhosos. O sétimo, Não Furtarás, talvez seja o mais fraco em relação ao conjunto, inclusive porque me pareceu impossível torcer pela protagonista, mas ainda assim o texto em grandes momentos, como o diálogo entre mãe e filha ao telefone. O oitavo episódio é correto também.
Episódio 9
Episódio 10
O nono, Não Desejar a Mulher do Próximo, é maravilhoso. Um daqueles em que a inteligência do roteiro, dentro do tema, surpreende o espectador a cada cena. A escalação de Zbigniew Zamachowski deu clima de A Igualdade é Branca ao décimo e delicioso episódio, Não Cobiçar as Coisas Alheias. A parceria entre ele e Jerzy Stuhr rendeu o filme mais leve, embora o final seja bem forte, com uma cena genial estrelada por Stuhr. Pra terminar, não dá para não falar da trilha sonora do colaborador de sempre Zbiegniew Preisner, música que, muitas vezes, dá pra chamar de obra-prima.
Decálogo
[Dekalog, Krzysztof Kieslowski, 1988]
Exatamente, Chico. È como eu falo. Pura covardia da Igreja Católica. Lembro que eu ficava revoltado com isso na escola, nas aulas de educação religiosa. Hehehe..
Eles foram refilmados ou simplesmente remontados para o cinema?
Fala Chico, dos 4 q vi contigo, o 10 foi o que mais me agradou… achou leve na forma, mas forte e poderoso na mensagem… mas p/ falar a verdade adorei os 4!!!
Ailton, tava pesquisando sobre os mandamentos pra escrever este texto e descobri que, na Bíblia, o segundo mandamento é sobre imagens. A catequese sumiu com esse mandamento e desdobrou o sobre cobiçar as coisas e mulheres alheias em dois.
Me tira uma dúvida, Chico. Existe nesse decálogo algum episódio sobre “não adorarás imagens de escultura”? Pelo visto, na Polônia, a Igreja de lá também renega esse mandamento. Seria um tiro no próprio pé. Heheheh
Eu que não tenho tempo pra nada, ainda dei o azar de ver uma sessão fraca… Mas valeu pela companhia!
Rapaz, eu até tenho dormido um bocado.
E quanto ao tempo, eu sempre arranjo. Tô de férias e adoro fazer isso.
como vc arranja tempo pra ver tudo isso e ainda postar todos os dias?
não dormir faz mal