[no sofá]

[dublê de corpo ]
direção: Brian De Palma.

Body Double, Estados Unidos, 1984. É um filme que se mantém delicioso do começo ao fim, com a trilha e a montagem sugerindo o tempo todo uma grande brincadeira/homenagem. As clássicas cenas dos stripteases sob os olhares do fraquinho Craig Wasson revelam uma câmera sempre pronta a mostrar suas referências, mostrar de onde tudo aquilo veio. Nosso Hitchcock moderno rouba até a filha de uma loira do mestre para protagonizar o filme. Mas Dublê de Corpo muda de status perto do final, mais especificamente no meio da cena da cova. É ali que De Palma pausa a trama e busca fora dela, no que pode ser um flashback ou um delírio – não importa, é uma idéia magnífica -, a saída para seu protagonista. Nesse momento, é possível entender que mais do que faz cinema, esse cineasta exercita cinema. Eis um criador.

Com Craig Wasson, Gregg Henry, Melanie Griffith, Deborah Shelton, Guy Boyd, Dennis Franz.

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9 comentários sobre “[dublê de corpo]”

  1. Gosto muitos dos suspenses do De Palma. Dublê de Corpo e Vestida para Matar vi esse mÊs e gostei muito de ambos. São dois filmaçoes. É curioso que foi justamente o final de Dublê de Corpo que não me encantou tanto. Me encantaram os longos planos de De Palma (em Vestida para Matar na galeria de arte e em Dublê de Corpo no shopping, terminando na praia). É um diretor realmente excepcional e aguardo ansiosamente por A Dália Negra. Ah, e Blow out devo assistir esses dias, já que comprei pra locadora.

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