Drácula III: o Legado Final , de Patrick Lussier.

Não têm mais o que inventar sobre vampiros. Este terceiro episódio a partir da série iniciada por Wes Craven é um dos mais sem graça. A única coisa que realmente me pareceu inspirada foi a idéia dos vilões circenses, que pareciam ter saído de um linhagem nobre de filmes de terror. E só. O texto é podre, as idéias são recicladas até a quinta geração, os atores são ruins, com destaque para Jason Scott Lee, que há 13 anos foi tão dedicado como Bruce Lee. Só para preencher a cota trash do mês.

No Silêncio da Noite , de Nicholas Ray.

Nunca havia visto este filme. Instigado pelo comentário do Diego no blogue do Peerre, passei dias numa devassa aos acervos das Lojas Americanas e encontrei o DVD. E aí, alguns dias atrás, no meio de uma madrugada quando todos dormiam, mas minha insônia tradicional não me dava folga, peguei o filme para ver. Um filme incrivelmente simples, eu diria. Sem golpes de roteiro, mas com um texto preciso e uma direção que mira no ponto certo. O final é um dos mais belos e assustadoramente tristes que eu já vi.

Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais , de Steve Box e Nick Park.

O longa de Wallace e Gromit é inocente, previsível. Mas mora nessa ingenuidade sua maior qualidade, o encantamento pelo simples. É um filme com um público-alvo muito claro: as crianças. No entanto, Gromit é um herói universal: ele assume a vaga de uma das mais tradicionais personagens da animação, o herói silencioso, que não recebe créditos porque geralmente age no escuro. É ele quem manda, mesmo sem os outros saberem. Ele é quem vai e resolve. Eu adoro o fato de que o melhor amigo de Wallace não fala, num universo de bichos tagarelas tão caro aos filmes de animação. O tom de sátira aos longas antigos de monstros também é gracioso, desde a trilha macabra até a iluminação.

P.S.: Lost é absolutamente fascinante. Foi ela a principal razão que me fez tomar a decisão de, depois de sete anos, voltar a ter TV por assinatura em casa. Claro, teve aquele tal de cinema também…

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17 comentários sobre “Filmes em casa”

  1. Eu estou justamente cancelando minha TV paga; o Telecine simplesmente não exibe mais filmes em letterbox, acabou com o Classic (praticamente o único que eu via) e já tinha inventado o tal do Pipoca, uma aberração. Mesmo o Canal Brasil diminuiu o número de filmes para colocar uma série de programas de entrevistas, reprisados à exaustão…

    Não conheço ninguém que tenha falado mal de “Lost”. Mas só vou ver em DVD. “24” só vi a primeira temporada, eletrizante. Não tenho disciplina para seguir séries, não consigo conceber a televisão tomando conta da minha vida.

    O filme do Ray (cotação máxima) tinha sido topo do “Gosto dos Outros” do Filipe, se não me engano. É a maior atuação do Bogart (as coadjuvantes também são perfeitas), e o final rivaliza em tristeza com os de “Vertigo” e “Stromboli”, só que estes são mais desesperados, enquanto o do Ray é mais melancólico. Curioso que o trailer do filme mostra um final alternativo, feliz.

  2. Tambem gosto da ingenuidade de Wallace e Gromit, principalmente, como vc mencionou de Gromit e, claro, que Lost é um excelente seriado que acabou ocupando um gênero que o cinema há muito deixa de desejar.

  3. Lost vale a pena mesmo. Eu nem gosto de series, mas Lost me pegou. Vejo pelo computador, ja que nao aguentei esperar a temporada começar pela AXN. To no episodio 15. O 1º dessa temporada eh fantastico, assim como o filme de Nicholas Ray. Ah, aproveite o Telecine Cult.

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