[melhores e piores dos festivais]
Um mês de férias; um mês quase inteiro no meio dos filmes. Foi certamente o mês que mais eu fui ao cinema na minha vida. Entre o Rio e São Paulo, foram muitos e muitos filmes. Somente na seleção da Mostra de Cinema de Sampa, quase cem. Por sinal, esta foi a sétima mostra da minha vida. Desde 1999, quando eu encarei uma viagem de ônibus de Maceió até a Avenida Paulista (quase dois dias), só perdi uma Mostra. Não sei até quando vai ser isto, mas, por enquanto, não tenho a mínima intenção de mudar a programação de minhas férias. Claro que, a partir do ano que vem, vou diminuir a dose para não terminar o mês liso e um pouco mais psicótico.
Neste mês, os encontros e reencontros foram muitos. Vários amigos da Liga dos Blogues Cinematográficos ganharam forma na minha frente, ainda que em encontros rápidos: Eduardo Miranda, Guilherme Martins, Sérgio Alpendre, Gabriel Carneiro, Marfil. E outros que reencontrei: Daniel Libarino, Marcelo V., Ana Paul, Michel Simões, Egídio La Pasta, e meu amigo Guilherme Lamenha, que me hospedou por tanto tempo pela enésima vez. Isso além de um contato visual mínimo com o Mateus Nagime e, de quebra, meu amigo Layo apareceu direto de Goiânia para o Cinesesc.
Aqui vai minha lista dos melhores e piores filmes entre a Mostra e o Festival do Rio.
filme
1 Síndromes e um Século, de Apichatpong Weerasethakul
2 O Céu de Suely, de Karim Aïnouz
3 The Host, de Bong Joon-ho
4 Mary, de Abel Ferrara
5 “14e Arrondissement”, de Alexander Payne
6 Half Nelson, de Ryan Fleck
7 Os Infiltrados, de Martin Scorsese
8 O Crocodilo, de Nanni Moretti
9 Juventude em Marcha, de Pedro Costa
10 Anche Libero Va Bene, de Kim Rossi Stuart
11 Eu Não Quero Dormir Sozinho, de Tsai Ming-Liang
12 O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger
13 Belle Toujours – Sempre Bela, de Manoel de Oliveira
14 Still Life, de Jia Zhang-ke
15 Dália Negra, de Brian De Palma
16 A Comédia do Poder, de Claude Chabrol
17 Mundo Novo, de Emmanuelle Crialese
18 Shortbus, de John Cameron Mitchell
19 O Labirinto do Fauno, de Guillermo del Toro
20 Hamaca Paraguaya, de Paz Encina
21 Antonia, de Tata Amaral
22 Fora do Jogo, de Jafar Panahi
23 Sonhos de Peixe, de Kirill Mikhanovsky
24 O Sol, de Alexander Sokurov
25 Serras da Desordem, de Andrea Tonacci
26 Volver, de Pedro Almodóvar
27 Fui!, de Miguel Albaladejo
28 A Scanner Darkly, de Richard Linklater
29 Honor de Caballeria, de Albert Serra
30 A Última Noite, de Robert Altman
direção
1 Apichatpong Weerasethakul, por Síndromes e um Século
2 Abel Ferrara, por Mary
3 Martin Scorsese, por Os Infiltrados
4 Karim Aïnouz, por O Céu de Suely
5 Bong Joon-ho, por The Host
ator
1 Ryan Gosling, por Half Nelson
2 Forrest Whittaker, por Mary
3 Michel Piccoli, por Belle Toujours – Sempre Bela
4 Jack Nicholson, por Os Infiltrados
5 Robert Downey Jr., por A Scanner Darkly
atriz
1 Helen Mirren, por A Rainha
2 Isabelle Huppert, por A Comédia do Poder
3 Juliette Binoche, por Mary
4 Leilah Moreno, por Antonia
5 Hermila Guedes, por O Céu de Suely
filme brasileiro
1 O Céu de Suely, de Karim Aïnouz
2 O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger
3 Antonia, de Tata Amaral
4 Serras da Desordem, de Andrea Tonacci
5 Eu me Lembro, de Edgard Navarro
filme de estréia
1 Anche Libero Va Bene, de Kim Rossi Stuart
2 Hamaca Paraguaya, de Paz Encina
3 Sonhos de Peixe, de Kirill Mikhanovsky
4 Honor de Cavalleria, de Albert Serra
5 Fuga, de Pablo Larrain
pior filme
1 As Tentações do Irmão Sebastião, de José Araújo
2 Fonte da Vida, de Darren Aronofsky
3 Cobrador, de Paul Leduc
4 Parque, de Kurt Voelker
5 Fica Comigo, de Eric Khoo
6 Time, de Kim ki-duk
7 A Promessa, de Chen Kaige
8 Edmond, de Stuart Gordon
9 O Tigre e a Neve, de Robert Benigni
10 Babel, de Alejandro Gonzalez Iñarritú
Na Contrèfield (saudosa Contrèfield!) nosso amigo Apichatpong se chamava Apichatpingpong Komitofu.
Eu decorei… hehe.
Alguém aqui consegue escrever Apichatpong Weerasethakul sem ser no Ctrl+C/Ctrl+V ?
Foi ótimo te reencontrar, baianim!
INVEJA da sua lista. Ainda preparo férias como estas para mim.
Abração.
Ahhh… espero um dia poder conhecer algum filme do Apichatpong Weerasethakul. =(
Tô tão cansado que nem sei, Rudá.
Este cartaz de “Síndromes” é maravilhoso mesmo. Será que passa ano que vem? Ele deveria é ser lançado em circuito.
“Mary” é outro que tinha que entrar em circuito.
“Babel”, que não vai ganhar o Oscar, eu acho, já falei, uma metástase de “Crash”.
ah, e deve ter sido o melhor mês da sua vida, hehehe, ou do ano, pelo menos.
esse cartaz de Síndromes e um Século é uma delícia. Espero que o filme passe no próximo Festival do Rio.
“Mary” é o segundo melhor da Mostra para mim, perdendo apenas para o “Belle Toujours” (Piccoli é o melhor ator).
Não lembro de ter ouvido falar muito deste “The Host”. Engraçado que o Almodóvar, repleto de expectativas, acabou “sumindo” nesta Mostra…
Vi muitos filmes piores que o “Edmond”.
Curioso que achei “Babel” o melhor filme da mostra e “Mary” um dos piores…Ótimos exemplos de filmes do tipo “Ame-o ou deixe-o”…Será que Scorsese finalmente vai ganhar o seu oscarzinho?