Os desenhos da Disney podem até ser todos iguais, mas quase todos são deliciosos de assistir. Se você não for um evangélico radical ou um teórico chato que não esquece Para Ler o Pato Donald, vai se divertir bastante com Planeta do Tesouro, novo desenho dos estúdios milionários, baseado no clássico A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson. A ação é transposta para o futuro e para o espaço, ganha ritmo de aventura contemporânea e cenários tecnológicos. Tecnologia, por sinal, é que mais impressiona neste filme, indicado ao Oscar de melhor longa-metragem de animação. Os efeitos visuais conseguidos aqui (e que, muitas vezes, não são o foco principal, mas cenários para que a ação se desenrole) são exuberantes.

A história do garoto rebelde que parte em busca de um tesouro perdido (história que embalou os sonhos e a infância de tantas crianças) funciona como nunca nas mãos de John Musker e Ron Clements, responsáveis pelo melhor desenho da Disney no ínicio dos anos 90, Aladdin. A dupla adapta com eficiência a essência do livro e tudo que é criado para o filme, como a pequena criatura transmorfa chamada Morf ou a capitã felina da nave, entra em tanta harmonia com a história, que Planeta do Tesouro, um desenho sem grandes pretensões nos melhores moldes da Disney vira um filme coeso, correto e, o melhor, divertido. E o mais importante nessa história toda é entrar no cinema e brincar de ser criança, mesmo que você já tenha 28 anos.

Planeta do Tesouro EstrelinhaEstrelinhaEstrelinha
[Treasure Planet, John Musker & Ron Clements, 2002]

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