Em janeiro de 2008, meu blogue vai completar cinco anos de existência, entre três endereços. Todos os anos, no aniversário dele, eu me dou de presente uma lista de 20 ou 30 filmes do período em que a página está em atividade. Pensei em fazer o mesmo, mas mudei de idéia. Uma festa de cinco anos merece mais. Aí, comecei a quebrar a cabeça e pensar no que poderia ser feito para marcar a data. Veio uma luz: – que tal os 100 melhores filmes dos últimos cinco anos?
Já estava começando a me debruçar sobre a idéia, quando achei que 100 para cinco anos era meio exagerado. Não que eu não conseguisse preencher a lista. Ela sairia, sem dúvida. Vocês bem sabem que se tem uma coisa de que eu gosto é uma lista. Mas, então, o que fazer? Depois de pensar muito resolvi: a lista vai existir e será de 100 mesmo, mas não dos melhores filmes dos últimos cinco anos.
No dia 29 de janeiro de 2008, vou postar aqui a lista dos 100 melhores filmes da minha vida. Os 100 filmes de todos os tempos. Fiquei desesperado logo no momento que tive a idéia, mas pensei em quem poderia me salvar de tudo o que eu não vi ou não revi: vocês, meus caros leitores. Como eu tenho milhares de faltas na minha filmografia, vou pedir a você para me ajudar a lembrar ou a procurar esse ou aquele filme que você acha que eu não poderia deixar de colocar na minha lista.
Toda terça-feira vou postar alguns filmes aqui, que vão ser divididos por cineastas, estilos, épocas, países, movimentos. E quero a ajuda de vocês para dizer qual faltou, qual foi menosprezado, qual eu preciso ver. Não vou prometer incluir todos na lista final, mas vou procurar assistir aos filmes e descobrir os motivos pelos quais vocês os indicaram. A lista vai ser totalmente minha, mas se vocês me apontarem um filme que vale a pena entrar e, se eu concordar com vocês, isso vai ser genial.
Lembrando que só vou colocar aqui os filmes que eu estou considerando para a lista de 100. Os outros que não têm muitas chances não serão citados.
Alfred Hitchcock
1938 – A Dama Oculta (The lady Vanishes)
1946 – Interlúdio (Notorious)
1948 – Festim Diabólico (Rope)
1951 – Pacto Sinistro (Strangers on a train)
1954 – Janela Indiscreta (Rear window)
1958 – Um Corpo que Cai (Vertigo)
1959 – Intriga Internacional (North by northwest)
1960 – Psicose (Psycho)
1963 – Os Pássaros (The birds)
1972 – Frenesi (Frenzy)
François Truffaut
1959 – Os Incompreendidos (Les 400 coups)
1961 – Uma Mulher para Dois (Jules et Jim)
1968 – Beijos Proibidos (Baisers volés)
1973 – A Noite Americana (La nuit americaine)
1976 – Na Idade da Inocência (L’argente de poche)
1977 – O Homem que Amava as Mulheres (L’homme qui aimait les femmes)
Federico Fellini
1952 – Abismo de um Sonho (Lo Sceicco Bianco)
1963 – 8 1/2 (Otto e Mezzo)
1965 – Julieta dos Espíritos (Giulietta Degli Spiriti)
1971 – Os Palhaços (I Clowns)
1973 – Amarcord (Amarcord)
1983 – E la Nave Va (E la Nave Va)
Michelangelo Antonioni
1960 – A Aventura (L’Avventura)
1961 – A Noite (La Notte)
1962 – O Eclipse (L’Eclisse)
1966 – Blow-up – Depois Daquele Beijo (Blow-up)
1975 – Passageiro – Profissão: Repórter (Professione: Reporter)
Ingmar Bergman
1956 – O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet)
1957 – Morangos Silvestres (Smultronstallet)
1966 – Persona (Persona)
1968 – A Hora do Lobo (Vargtimmen)
1972 – Gritos e Sussurros (Viskningar och Rop)
1982 – Fanny e Alexandre (Fanny och Alexander)
Até os 100, a gente vai se falando. Conto com vocês.
Só reforçar aqui o apelo por A Doce Vida.
Jovem e Inocente é a obra-prima da fase inglesa do Hitchcock. e Sob o Signo de Capricornio, A Sombra de uma Dúvida, O Homem Errado e A Tortura do Silêncio não podem ficar de fora.
do Truffaut rtecomendo revisão urgente de Duas Inglesas e o Amor e O Quarto Verde
Chico, que coisa boa.
Você não considerou A Estrada do Fellini? Eu gosto tanto tanto…
Saudade.
Deserto Vermelho é, de fato, uma obra-prima.
Do Truffaut, “Atirem no pianista”. Do Antonioni, “O deserto vermelho”. Do Bergman, “Cenas de um casamento” e “Luz de inverno”.
Do Truffaut, aliás, eu tiraria tranquilamente “Beijos proibidos”, “A noite americana”, “O homem que amava as mulheres” e “Na idade da inocência”.
Do Antonioni veja o Zabriskie Point, que é um grande filme. Do Fellini eu colocaria Noites de Cabíria ou A Estrada da Vida, dois de seus filmes mais bonitos e mais tristes. E aumento o coro para Rebecca, também um dos meus Hitchcocks preferidos.
Do Hitch também vale a pena ver ou rever :
Os 39 Degraus
Sabotador (1942)
A Sombra de uma Dúvida
Correspondente Estrangeiro
Sob o Signo de Capricórnio
Eu Confesso
Noites de Cabíria fez-me falta. Dos outros tenho a mesma escolha.
De Truffaut eu colocaria também O Garoto Selvagem (L’Enfant Sauvage). Acho que não vai entrar no Top 100, mas é um bom filme para se ter de “reserva” digamos assim.
“Atirem no Pianista” eu realmente tenho considerado. Já o “Capricórnio” eu vi há mais de dez anos e não lembro direito dele. “Os Boas Vidas” eu acho bem bom, mas não entraria.