Sharknado

Sharknado foi um fenômeno na internet. Embora filmes da sua espécie sejam feitos ao montes todos os anos, a notícia de um longa sobre tubarões que voam sobre Los Angeles no meio de um tornado foi irresistível. Mas a verdade é que a proposta é muito melhor do que o resultado. Por mais óbvio que possa parecer afirmar isto, Sharknado é um filme muito ruim, mas não da maneira que se espera que um filme trash seja ruim, com cenas deliciosas, diálogos sarcásticos e situações esdrúxulas. O longa feito para o canal Syfy é um sinal dos tempos para este gênero.

Se os efeitos digitais vieram possibilitar uma série de experimentos e aumentar as potencialidades do cinema de entretenimento, inclusive viabilizar os filmes de heróis, a computação gráfica destrói boa parte do encantamento que envolvia os filmes trash. Os efeitos de Sharknado são tão mal feitos que dão a sensação de que qualquer moleque de doze anos poderia ter finalizado aquelas imagens. E como o roteiro não ajuda a tirar sarro das tosqueiras do filme, assistir Sharknado tem seus momentos insuportáveis.

Nem as presenças de Ian Ziering, o Steve de Barrados no Baile, Tara Reid, de American Pie, ou John Heard, de Esqueceram de Mim, ajudam a tornar o filme interessante. Não há um só momento memorável no filme ou um diálogo que aproveite as situações ridículas. Pelo contrário, Anthony C. Ferrante parece levar muito a sério sua história esdrúxula e cria uma trama dramática que só abre espaço para piadas sem graça. A penúltima cena é a única que valeria o ingresso, caso o filme não tivesse sido feito para TV. Se aquele espírito zombador fosse mantido ao longo do filme, Sharknado seria bem mais saboroso.

Sharknado Estrelinha
[Sharknado, Anthony C. Ferrante, 2013]

Comentários

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4 comentários sobre “Sharknado”

  1. Acho que eu fiquei igual a você, Chico. Esperava um trash cheio de defeitos e com muito divertimento, mas realmente Sharknado leva-se muito a sério e é uma bomba.

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