Nem tanto, nem tão pouco. Na época em que eu assisti, Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, fiquei pensando se a polêmica causada pelo manifesto anti-nudez de Pedro Cardoso não teria sido um golpe para vender o filme, o primeiro em algum tempo em que Oliveira trabalhou com atores globais (Cláudia Abreu também integra o elenco). Mas como o longa foi para a gaveta e só agora, três anos depois, chega ao circuito comercial, o possível golpe não surtiu efeito.
Mas isso não afeta o filme. O texto, engraçado e bem interpretado, é fácil de se gostar e assume, inteligentemente, uma certa liberdade de expressão que choca a princípio, mas depois parece bastante integrada à proposta do projeto. A opção de Oliveira de ressaltar a origem teatral do filme é óbvia no conceito, mas a forma como foi executada, com apresentações em palco completando boa parte das cenas, é perfeita. E Pedro Cardoso, o polêmico, nunca esteve tão hilário. Pena que cópia digital – da época – fosse tão ruim. Quem sabe, nesse lançamento em circuito, as coisas não mudem, né?
Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
[Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, Domingos Oliveira, 2008]
Valeu, Antonio.
Aguilar, gostei mesmo. Vou tentar escrever. Passei um tempo de férias do blogue e devo recuperar alguns filmes que tenho visto.
Gostei do blog. Bravo!
Abraços,
Ouvi dizer q. vc. curtiu “Padre”, e eu tb. gostei desse estranho filme, com algumas concessões mas tudo mto inquietante, misto de “Blade Runner”; “Metropolis” e “Mad Max” com a predominância de “Rastros de Ódio” como bem observou o Cristian Verardi. Vai escrever algum texto sobre ele?
Helena, prefiro que você coloque um trecho do texto e linke aqui. Combinamos assim?
Oi, Chico, tudo bom?
Sou responsável pela fan page do filme e, como gostamos da sua crítica, reproduzimos lá um trecho, com o link para o texto completo aqui.
Um abraço.