5 Drácula – a História Nunca Contada
[Dracula Untold, Gary Shore, 2014]
A Universal anunciou que vai reiniciar todas suas franquias de monstros, trocando o horror pela aventura, o que parecia, a princípio, uma ideia assustadora. Mas esta releitura profana da história de Drácula, que tenta metamorfosear o mito num personagem histórico, acerta em traduzir alguns elementos da lenda para a “vida real”. É divertido, mesmo sem ser um grande filme.
4 Pompeia
[Pompeii, Paul W.S. Anderson, 2014]
Paul W. S. Anderson fez tanto lixo na vida que quando vemos este filme-catástrofe de época com todos os elementos no lugar (no melhor estilo dos épicos ligeiros dos anos 60) e com efeitos visuais bem legais também, é só ligar aquele botão e esquecer dos compromissos históricos e da falta de profundidade das personagens e do roteiro e aproveitar o corre-corre para salvar “sua vida”.
3 Malévola
[Maleficent, Robert Stromberg, 2014]
As fábulas que se consagraram na animação geralmente parecem bobas quando ganham versões em carne-e-osso, mas a estreia de Robert Stromberg faz parte do plano da Disney de deixar seus contos de fada cada vez mais pé no chão. E Malévola desconstrói que é uma beleza, ridicularizando o príncipe, elegendo outro tipo de amor verdadeiro, borboleteando o final feliz.
2 Sem Escalas
[Non-Stop, Jaume Collet-Serra, 2014]
Lista de guilty pleasure sem um filminho com o Liam Neeson não tem graça e o maior herói de ação sessentão dos últimos anos caprichou num delicioso filme de avião, que por si só já é um gênero cheio de pérolas. Jaume Collet-Serra, especialista em guilty pleasures (A Casa de Cera, A Orfã e Desconhecido, com Neeson) garante a adrenalina.
1 Lucy
[Lucy, Luc Besson, 2014]
Faz tanto tempo que Luc Besson não faz um filme minimamente (O Profissional, talvez?) interessante que Lucy, com suas aloprações pseudo-científicas preenche todas as lacunas. Scarlett Johansson mergulha de cabeça na brincadeira, com efeitos visuais deliciosos (como na cena no banheiro do avião) e um senso de humor inspirado. As primeiras cenas do longa, com uma viagem temporal aos princípios da vida humana na Terra, remetem de imediato aos momentos mais viajandões de A Árvore da Vida, com o espectador sabendo que, por mais que tentasse, Besson nunca chegaria à complexidade de um Terrence Malick. A impressão se desfaz quando a trama chega em terra firme e se estabelece como um guilty pleasure que mantém o pé no acelerador até seu último minuto.
Luc Besson tem Quinto Elemento e Wasabi que eu acho bem legais na filmografia 🙂
Apesar do roteiro fraco (e da sensação de desperdiçar uma verdadeira reeleitura histórica do personagem), Drácula foi minha guilty pleasure do ano. Muito por conta do Luke Evans, um ator de presença em cena.
Eu gostei da brincadeira.
Estou lendo seu BLOG (ou página, não sei…) pela primeira vez, e no auge da minha ignorância e alienação, gostaria de saber… o que é um filme guilty pleasure?
Oi Tercio. Guilty pleasure é, na tradução literal, “prazer que dá culpa”. Na prática, é uma obra de gosto duvidoso, mas que você termina gostando.