[do acervo]

[tubarão ]
direção: Steven Spielberg.

Jaws, 1975. Não é à tôa que este filme tenha inventado o conceito do filme de verão, do blockbuster. O segundo longa de Steven Spielberg feito para o cinema é perfeito, em todos os sentidos: no casamento entre fotografia e montagem, na criação do suspense, na invenção e na comunicação com o espectador. Os planos de Bill Butler são magníficos e assitir ao filme em widescreen é uma experiência insuperável. Spielberg usa sua câmera para reinventar uma direção hitchcockiana. A cena em que Roy Scheider tenta enxergar o mar e é impedido por todo tipo de obstáculos é fabulosa; me parece uma homenagem à seqüência inicial de Janela Indiscreta (1954). É a montagem eficientíssima. O trio de protagonistas está muito bem. Roy Scheider tem uma cena maravilhosa à mesa, quando pede um beijo a seu filho. E, bem, existe a trilha. John Williams em um de seus trabalhos mais experimentais e, por isso mesmo, mais clássicos. Spielberg é um dos poucos que conseguem, aliás, que sabem fazer uma obra-prima pop.

Com Roy Scheider, Richard Dreyfuss, Robert Shaw, Lorraine Gray, Murray Hamilton e Carl Gottlieb.

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