+ Velozes + Furiosos
Como um é pouco, não demorou muito para que sua continuação chegasse aos cinemas. Mais Velozes Mais Furiosos (03) se arrisca por um caminho diferente do primeiro longa: tenta contar uma história. Enquanto no filme original, o que importava era como os descerebrados se relacionavam e o quão rápido eles poderiam correr, aqui o co-astro Paul Walker precisa fazer um servicinho para a polícia para limpar sua ficha. Com uma idéia como esta, dificilmente a produção escaparia do destino que cumpre com tanta obstinação: ser um filme ruim.
Sem Vin Diesel – nem ele foi convencido pelo roteiro – Mais Velozes Mais Furiosos aposta nas cenas de perseguição pelas ruas de Miami (ou do que usaram para as locações). Os diálogos são perfeitos para este tipo de filme: curtos (para não fazer pensar muito), sem palavras muito difíceis (porque dicionário passa longe do espectador disso aqui) e cheio de frases conhecidas e de rápida assimilação, como “yeah”, depois de uma corrida bem sucedida. O mais surpreendente é o que diretor por trás disto tudo seja John Singleton, cineasta de Boyz N’The Hood (91), o principal herdeiro de Spike Lee na temática racial. Mas deve ser assim mesmo. Está cada vez mais fácil celebrar a estupidez.
Mais Velozes Mais Furiosos
2 Fast 2 Furious, EUA, 2003
Direção: John Singleton
Elenco: Paul Walker, Tyrese, Eva Mendes, Cole Hauser, Ludacris, Thom Barry, James Remar, Devon Aoki, Amaury Nolasco, Michael Ealy, Jim Auyeung,
Roteiro: Michael Brandt e Derek Haas, baseados nos personagens Gary Scott Thompson. Produção: Neal H. Moritz. Fotografia: Matthew F. Leonetti. Direção de Arte: Keith Brian Burns. Edição: Bruce Cannon e Dallas Puett. Música: David Arnold. Figurinos: Sanja Milkovic Hays.